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Bombeiro suspeito de ser um dos maiores grileiros do DF é preso

Segundo a PCDF, cerca de 40 lotes foram comercializados a valores que variavam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil

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1 de 1 - Foto: Giovana Bembom/Metrópoles

A  Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema) deflagrou nova operação para coibir a grilagem de terras públicas no Distrito Federal, na manhã desta quarta-feira (27/2). Um dos presos é um militar do Corpo de Bombeiro do DF, apontado como um dos líderes da associação criminosa.

De acordo com as investigações, o sargento dos bombeiros Aylton Lemos de Azevedo atuava ao lado do corretor imobiliário Francisco Roni Da Rosa. Durante as diligências feitas pela Polícia Civil, ficou constatado que eles ocultaram provas e coagiram testemunhas. A dupla agia no Gama. São cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva.

Os suspeitos falsificavam cessões de direitos reais sobre a área e usavam corretores imobiliários para conseguir compradores. Segundo informações da Dema, os integrantes do esquema faturaram aproximadamente R$ 3 milhões com as vendas irregulares.

Cerca de 40 lotes foram comercializados a valores que variavam entre R$ 70 mil e R$ 100 mil. Há evidências de que o grupo também atuava em outras regiões do DF. Aylton Azevedo é apontado pela PCDF como um dos maiores grileiros de terras da região de Ponte Alta, no Gama. Os clientes dele eram bombeiros, PMs e militares do Exército Brasileiro.

Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros informou que está acompanhando o caso por meio da corregedoria da corporação. Declarou, ainda, que se forem comprovadas as acusações contra o militar, as medidas cabíveis serão tomadas dentro do processo legal: “O CBMDF reitera que não compactua com qualquer tipo de irregularidades e/ou ilícitos”..

O militar mora em uma casa luxuosa no Park Way e tem carros importados, o que, segundo a PCDF, é incompatível com o salário dele (confira as imagens abaixo).

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Outro caso
Aylton não é o único bombeiro na mira da polícia por grilagem. O militar Carlos Eduardo de Andrade Muniz Filho já foi preso quatro vezes. Segundo as investigações da PCDF, ele e seus dois filhos se uniram para parcelar, “em dissonância com a lei”, uma chácara na Colônia Agrícola Águas Claras. A área foi dividida em seis lotes comerciais e 15 residenciais, e cada um vendido por cerca de R$ 250 mil.

De acordo com a polícia, o militar levava uma vida de luxo, bem acima do que o salário de bombeiro poderia pagar. Em função da atividade paralela, a família mudava frequentemente de endereço.

Repressão
A operação desta quarta é a segunda que a Dema faz neste mês. No dia 12, os policiais prenderam a líder comunitária Iara Fernandes de Oliveira. Um outro homem, identificado como Pedro Henrique da Cunha Maia, também foi detido. Com a promessa de regularização, o grupo vendia lotes em área pública ao custo de R$ 7 mil, em até 10 parcelas, para famílias carentes de Planaltina e do Paranoá.

A organização criminosa chegou a arquitetar um plano para tentar resgatar Iara de Oliveira quando ela estava presa na 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina), mas os bandidos não obtiveram sucesso na investida.

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