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Bandidos assaltam ônibus no DF e comemoram: “Deu bom, só telefone top”

Após roubar funcionários e passageiros de ônibus da Piracicabana, assaltantes mandaram áudio a comparsa, dizendo que “venderiam barato”

atualizado

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1 de 1 asalto - Foto: PCDF/Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deteve quatro pessoas que praticaram um assalto a coletivo na manhã desta quarta-feira (22/05/2019), em um ônibus da Piracicabana que fazia a linha Planaltina–Plano Piloto. Armados com pistola e facas, o grupo anunciou o roubo na altura do Balão do Colorado, por volta das 5h.

Depois do assalto, o condutor conduziu o ônibus até a 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho I), onde as vítimas registraram o boletim de ocorrência e descreveram os criminosos. “Inicialmente, os suspeitos foram localizados e conseguiram fugir, mas logo conseguimos capturá-los. Na delegacia, os dois adultos foram prontamente reconhecidos”, contou o delegado-chefe da 13ª DP, Hudson Maldonado. Os outros dois assaltantes eram menores de idade.

A polícia descobriu que, após o crime, um dos bandidos enviou um áudio a um suposto receptador, identificado apenas como Francisco. Na gravação (ouça abaixo), ele comemora o resultado do assalto e diz ter “derrubado” 15 celulares de alta qualidade.

Ouça o áudio:

“Francisco, aqui é o Galego. Nós ‘meteu’ [sic] a fita no baú hoje, de manhã cedo. Deu bom: 15 telefones. Se você quiser comprar um [Samsung] J5 barato… para você, eu vendo barato. Eu te liguei na hora de nós roubar [sic], parceiro, tu não apareceu, aí roubou só eu e os três ‘pivetes’. Nós ‘roubou’ [sic], mais ou menos, R$ 130 do caixa e 15 telefones. Só telefone top… Só telefone doido, parceiro.”

Pelo fato de ser o mais velho do bando e se referir aos outros três como “pivetes”, o delegado acredita que o “Galego” seja Patrick Borges de Matos, 22 anos. Ele é o líder do grupo e era o único a portar arma de fogo durante o assalto; os outros três levavam facas. “Ele disse que aquilo ali era um sequestro e queria ver derramar sangue”, disse o delegado.

As armas usadas não foram encontradas e a polícia trabalha para identificar quem é o Francisco para quem Patrick enviou o áudio. “Temos que apurar se ele realmente era só receptador e comprava esses celulares roubados ou se ele encomendava esse produtos. Se for confirmada a prática de encomenda, ele responde junto com os demais por roubo”, explicou Maldonado.

Os policiais conseguiram localizar o grupo porque o serviço de localização do celular de uma das vítimas estava ligado. Por meio do acionamento do GPS do smartphone, a PCDF chegou aos suspeitos.

Um dos maiores e um dos menores detidos na ação já tinham passagem pela polícia. Os outros dois nunca passaram por uma delegacia. Agora, os quatro membros da quadrilha responderão por roubo.

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