metropoles.com

Atuação da PM e do TJDFT a mulheres em situação de violência doméstica é ampliada

Atendimento, que ocorria no Núcleo Bandeirante e em Planaltina, chega a outras dez regiões administrativas

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
EBC/Divulgação
violência doméstica
1 de 1 violência doméstica - Foto: EBC/Divulgação

A atuação conjunta entre a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) nos atendimentos a famílias em situação de violência doméstica será ampliada. Foi assinado, nesta segunda-feira (7/3), o termo aditivo ao acordo de cooperação técnica firmado em 2014 — que previa atuação em casos em tramitação nos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Núcleo Bandeirante e de Planaltina.

Agora, haverá expansão para Taguatinga, Guará, Gama, Ceilândia, Samambaia, Sobradinho, Sobradinho II, São Sebastião, Santa Maria e Recanto das Emas — locais em que o programa de Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica da PMDF já funcionava, mas sem a parceria.

Pelo projeto de prevenção, a Polícia Militar é informada pelo TJDFT dos casos mais graves e faz acompanhamento por telefone e por visitas em domicílio. “É feito um contato inicial e verifica-se como está a situação da família, se a vítima sofre algum risco e se as medidas protetivas estão sendo cumpridas, além de detalhar os órgãos de apoio”, explica o chefe do Centro de Polícia Comunitária e Direitos Humanos da PMDF, coronel Leobertino Lima Filho.

Em 2015, a Polícia Militar fez 5.971 acompanhamentos do tipo. O número engloba os locais em que há o acordo — Núcleo Bandeirante e Planaltina — e as regiões adicionadas, onde o trabalho costumava atender a demandas espontâneas (solicitação da vítima, comunicação do caso por meio de terceiros ou ocorrências policiais).

O juiz titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Núcleo Bandeirante, Ben-Hur Viza, destacou que o relacionamento entre a polícia e o Judiciário é estreito: “Quando o policial vislumbra alguma coisa que seja mais grave, ele traz a notícia e, mesmo quando ele não percebe algo, apresenta relatório sobre como estão as coisas, como está o cumprimento da medida protetiva. Então, esse policial é muito importante, até mesmo para a tranquilidade da mulher”.

Acordos
Também nesta segunda-feira (7) outros dois acordos foram assinados. Um deles renovou o atendimento psicossocial e jurídico na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, a cargo de estudantes do Centro Universitário de Brasília (UniCeub).

O segundo é para que o projeto Maria da Penha vai à Escola seja ampliado para todo o DF. Desde 2014, existia como projeto-piloto em Ceilândia, no Núcleo Bandeirante e no Riacho Fundo. A ação visa a formação de profissionais da educação e a orientação de alunos da rede pública sobre a lei, além da articulação dos órgãos envolvidos para discutir a aplicação da legislação.

Assistência
Quatro centros especializados de atendimento à mulher — Asa Sul, Asa Norte, Ceilândia e Planaltina —, a Casa Abrigo, a Casa da Mulher Brasileira e a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher oferecem acolhimento à população feminina de Brasília.

Os serviços — que incluem apoio de profissionais das áreas de psicologia, de direito e de assistência social — estão à disposição. Apenas a Casa Abrigo é exclusiva para aquelas que receberam encaminhamento.

Os centros funcionam em quatro endereços nas Asas Sul e Norte, em Ceilândia e em Planaltina. As portas ficam abertas de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

Na unidade da Asa Norte, dentro da Casa da Mulher Brasileira, o horário é das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira. Quatro assistentes sociais e um psicólogo dão suporte psicossocial a quem procura a casa. Há seções de órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público para auxiliar nos processos legais.

Segurança pessoal
Nos centros, as mulheres são recebidas individualmente em uma sala privada. Em seguida, a equipe multidisciplinar faz dois planos: um de segurança pessoal e outro de atendimento. No primeiro, os profissionais elaboram medidas de proteção, como estar preparada para necessidade de fuga e ter telefones importantes de fácil acesso.

O segundo avalia quais são as necessidades para definir o acompanhamento dos especialistas. Ainda inclui encaminhamentos a outros órgãos, por exemplo, para a rede pública de Saúde.

Marina Santiago, psicóloga da unidade instalada na Estação 102 Sul do Metrô, esclarece que a maioria das vítimas chega com denúncias de violência doméstica. Ela explica que o objetivo é orientá-las sobre os direitos e os serviços disponíveis: “Aqui ela é sujeito da própria história e tem direitos e condições de buscar sua cidadania”. O acompanhamento ocorre mesmo se a pessoa não prestar denúncia formal nas delegacias.

Registros
A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher contabilizou 3.625 ocorrências durante o ano passado. Dessas, 1.728 estão inseridas na Lei Maria da Penha, que inclui violência doméstica (quando a vítima e o agressor convivem juntos), familiar (são parentes) e afetiva (são unidos por relações afetivas). Isto é, um namorado que agredir a companheira pode ser punido por cometer violência afetiva. Todas as 31 delegacias de Brasília têm uma seção voltada para esses casos.

O governo federal publicou em novembro o mapa da violência de 2015, referente a 2014 e 2013. No levantamento, 96 mil mulheres foram vítimas de violência física no Brasil, e 23 mil, atendidas no Sistema Único de Saúde por terem sofrido estupro em 2014.

É possível também denunciar por meio da Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, pelo número 180. A central funciona 24 horas diariamente e pode ser acionada em qualquer lugar do País.

Onde buscar apoio
Centros especializados
De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h

Asa Sul
Estação 102 Sul do Metrô
Mais informações: (61) 3323-8676

Ceilândia
QNM 02, Conjunto F, Lotes 1/3, Ceilândia Centro (ao lado da caixa d’água)
Mais informações: (61) 3372-1661

Planaltina
Entrequadras 1 e 2, área especial, Jardim Roriz
Mais informações: (61) 3388-0294

Asa Norte
Casa da Mulher Brasileira (601 Norte, Lote J ), de segunda a sexta-feira, das 8h às 20 h
3226-9324

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
204/205 Sul
Mais informações: (61) 3207-6195

Disque 180
Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (funciona 24 horas diariamente)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?