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Assessor de deputado é preso no DF em operação contra tráfico de armas

Robson Pereira da Rocha Silva é assessor parlamentar de José Otávio Germano (PP-RS). Defesa nega participação

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Operação shooter, PCDF
1 de 1 Operação shooter, PCDF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Vinte e cinco pessoas foram presas nesta sexta-feira (23/3), pela Polícia Civil, durante a Operação Shooter (atirador, em inglês), deflagrada para desarticular o tráfico de armas no Distrito Federal. Entre elas, cinco são ligadas às Forças Armadas: um da ativa, um da reserva e três prestavam serviços, mas não estão mais nos quadros. Outro alvo da operação foi Robson Pereira da Rocha Silva, assessor parlamentar do deputado federal José Otávio Germano (PP-RS).

A Polícia Civil identificou a movimentação de ao menos 40 armas desde o início da Operação Shooter, há 40 dias. Entre as sete apreendidas hoje, há modelos de calibre .40, 9mm e um rifle .44, todas de uso restrito. A corporação investiga ainda a origem dos equipamentos utilizados por criminosos no Distrito Federal e em cidades do Entorno.

Os mandados, expedidos pela 4ª Vara Criminal de Brasília, foram cumpridos nas regiões do Cruzeiro, Jardim Botânico, Guará, Gama, de Santa Maria, Valparaíso de Goiás e Novo Gama. Entre os detidos, estão dois colecionadores de armas. Eles são suspeitos de utilizar do acesso legal que tinham aos armamentos para abastecer a organização criminosa.

O grupo, informou a PCDF, era liderado por Mauro de Souza Ferreira, ex-militar. Segundo o diretor da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco), delegado Adriano Valente, Ferreira atuava como uma ponte entre os colecionadores e os criminosos: “Trata-se de um comerciante do submundo. Procurava quem queria vender e repassava a quem queria comprar”.

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Esquema abastecia outras atividades criminosas
Vinte e cinco pessoas foram presas
Entre as armas apreendidas, está um rifle
Operação envolveu 180 policiais
Foram cumpridos mandados no DF e Entorno
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Entre os presos estão cinco pessoas ligadas às Forças Armadas

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Esquema abastecia outras atividades criminosas

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Vinte e cinco pessoas foram presas

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Entre as armas apreendidas, está um rifle

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Operação envolveu 180 policiais

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Foram cumpridos mandados no DF e Entorno

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Núcleos
As investigações apontam que o esquema era dividido em três núcleos: o de militares em atividade e na reserva; o de colecionadores de armas que mantinham algumas delas de forma irregular; e o de criminosos. Entre os presos, está um homem foragido da Justiça por extorsão mediante sequestro. A célula dos colecionadores e atiradores civis, porém, ainda está em acompanhamento pelos investigadores, explicou Valente.

O delegado disse que o assessor parlamentar foi preso por ter vendido uma arma de forma ilegal para um dos investigados na operação. Além disso, os policiais encontraram outro equipamento na casa dele nesta sexta (23). A defesa do funcionário da Câmara dos Deputados nega qualquer ligação com a quadrilha. “Ele tinha a arma para proteção dele e da família”, garantiu o advogado Amaury Santos de Andrade.

Para os investigadores, porém, a arma encontrada nesta manhã, embora estivesse legal, também seria vendida para a organização criminosa. Por meio de nota, o deputado federal José Otávio Germano confirmou que Robson é seu funcionário, disse ter “total confiança” nele e acredita que “tudo será resolvido”.

Pelo menos 180 policiais civis participaram da operação para cumprir 51 mandados de prisão e de busca e apreensão contra o tráfico de armas e munições.

Operação Paiol
Os traficantes de armas entraram na mira da PCDF no início deste mês, com a deflagração da Operação Paiol. Segundo as investigações, sete armas e dezenas de munições para revólveres e pistolas eram comercializadas semanalmente por uma quadrilha desarticulada no dia 7 de março.

A origem do arsenal, que ficava nas mãos de traficantes e organizações criminosas, ainda é apurada pela 23ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Sul). A suspeita é que tenham sido compradas no Paraguai.

O bando, liderado pelo ex-militar do Exército Brasileiro e ex-policial militar de Goiás Pedro Henrique Freire de Santana, que está preso, teria facilidade para conseguir armas curtas e longas em cidades paraguaias, fronteiras com o Paraguai. A moeda de troca, muitas vezes, eram celulares e carros roubados ou furtados no Distrito Federal, os quais, após clonados, eram levados para comerciantes de armas paraguaios.

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