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Assassinos de servidora queriam trocar objetos roubados por drogas

PCDF investiga ainda se os autores do crime que tirou a vida de Maria Vanessa, na 408 Norte, estão envolvidos em outros assaltos na região

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
maria vanessa, latrocínio, 408 norte
1 de 1 maria vanessa, latrocínio, 408 norte - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A materialidade levantada pelos investigadores da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) sobre o latrocínio da 408 Norte não deixa dúvidas a respeito da autoria do crime. Ao Metrópoles, o delegado-chefe Laércio Rosseto garantiu que a dupla presa em menos de 24 horas após a morte da servidora Maria Vanessa Veiga Esteves, 55 anos, é a responsável pelo latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo o policial, os dois queriam trocar os objetos roubados por drogas.

A dupla levou a bolsa de Maria Vanessa, que foi jogada em um contêiner após a repercussão do assassinato. Novas apurações também estão sendo feitas para identificar se os suspeitos são responsáveis por outros crimes na região. “Temos algumas ocorrências de roubo e furto em aberto. Vamos investigar a autoria de cada uma delas. Descobrimos que eles (os presos) costumavam furtar e assaltar na região. Boa parte do que eles levavam, trocavam por drogas”, explicou Rosseto. Quem reconhecer os criminosos, pode ligar para o 197.

O delegado revelou que as investigações não caminham para um crime premeditado, pois imagens feitas por câmeras de segurança mostram os autores circulando em blocos da Asa Norte no dia do crime, possivelmente à procura de vítimas. “É revoltante por que mataram essa mulher. Ele disse ‘hoje estou a fim de matar alguém’”, contou Rossetto logo depois de apreender e ouvir o adolescente. Segundo o policial, a vítima entregou a bolsa aos ladrões, mas se recusava a passar a chave do carro. Por isso, teria sido esfaqueada.

Apesar do desfecho apontar como um crime de latrocínio, a Polícia Civil solicitou informações a respeito de Glauber Barbosa da Costa, dono do apartamento onde os assassinos foram presos, à Universidade de Brasília (UnB) e ao Ministério da Cultura. Glauber é estudante de pós-graduação da faculdade e já trabalhou no MinC, onde foi aposentado por invalidez em 2015. Tanto a instituição quanto o órgão federal também faziam parte da rotina de Maria Vanessa. Ela estudava na UnB e era analista no ministério. A quitinete era conhecida por ser ponto de encontro de usuários de crack.

Veja abaixo fotos sobre o caso e vídeo do momento do crime: 

19 imagens
Maria Vanessa morava sozinha na 408 Norte: escolheu viver em Brasília por considerar a cidade tranquila
Além dos objetos da vítima, polícia recuperou armas usadas pelos criminosos e cartões de crédito roubados
Segundo a polícia, Alecsandro e o rapaz de 15 anos costumavam roubar cartões de crédito, que foram recuperados por agentes da 2ª DP
A dupla estava escondida em uma quitinete da 208 Norte. Roupas encontradas no local ajudaram a comprovar autoria do latrocínio
Para o delegado Laércio Rosseto, crime está elucidado. Mas ainda falta saber qual foi a exata participação de servidor público, dono da quitinete onde suspeitos se esconderam
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Alecsandro de Lima Dias, 26 anos, cumpria prisão domiciliar e tinha passagens por receptação e dois assaltos

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Maria Vanessa morava sozinha na 408 Norte: escolheu viver em Brasília por considerar a cidade tranquila

Reprodução
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Além dos objetos da vítima, polícia recuperou armas usadas pelos criminosos e cartões de crédito roubados

Daniel Ferreira/Metrópoles
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Segundo a polícia, Alecsandro e o rapaz de 15 anos costumavam roubar cartões de crédito, que foram recuperados por agentes da 2ª DP

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A dupla estava escondida em uma quitinete da 208 Norte. Roupas encontradas no local ajudaram a comprovar autoria do latrocínio

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Para o delegado Laércio Rosseto, crime está elucidado. Mas ainda falta saber qual foi a exata participação de servidor público, dono da quitinete onde suspeitos se esconderam

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Acusados portavam facas e estiletes

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Bolsa da vítima estava em um contêiner de lixo na 408 Norte. Ladrões tinham cartões roubados de outras vítimas, facas e estiletes

Ian Ferraz/Metrópoles
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Segundo policiais, Maria Vanessa entregou a bolsa, mas se recusou a passar a chave do carro aos bandidos. Por isso, teria sido esfaqueada

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Maria Vanessa era de Minas Gerais e morava sozinha

Reprodução/Facebook
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Maria Vanessa foi esfaqueada nas costas e não resistiu

Divulgação/PCDF
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Crime ocorreu no estacionamento entre os blocos B e C da 408 Norte

Divulgação/PCDF
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Uma faca, supostamente usada no crime, foi encontrada a 200 metros do corpo

Divulgação/PCDF
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Na calçada da residencial, sangue de Maria Vanessa marca o local do crime

Mirelle Pinheiro/Metrópoles
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Poça de sangue no local do crime

Mirelle Pinheiro/Metrópoles
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Marcas de sangue em um dos carros que estavam no estacionamento

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Sangue no estacionamento da 408 Norte

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Imagens das câmeras foram recolhidas pela Polícia Civil

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Daniel Ferreira/Metrópoles

 

 

A polícia não quer deixar nenhuma ponta solta neste caso e acrescentar todas as informações, incluindo os depoimentos de testemunhas, ao inquérito que será concluído na próxima semana. Em menos de 24 horas após o crime, policiais conseguiram localizar e prender os autores.

De acordo com os investigadores, o rapaz de 15 anos e Alecsandro de Lima Dias, 26, que cumpria prisão domiciliar e tinha passagens por receptação e dois assaltos, costumavam roubar cartões de crédito de moradores e frequentadores da Asa Norte. O adolescente tem pelo menos cinco ocorrências.

Memória
Maria Vanessa foi assassinada por volta das 23h desta terça-feira (8/8), quando chegava em casa, na 408 Norte. Segundo informações da Polícia Militar, ela foi abordada por dois homens no estacionamento do bloco em que residia. Os bandidos pediram a bolsa dela. Mesmo não reagindo, a mulher foi atingida por golpes de faca e não resistiu.

Vanessa tinha um contrato temporário e estava no MinC desde 2013, na Secretaria de Audiovisual. O velório e o sepultamento ocorreram nesta quinta (10), em clima de comoção, em Juiz de Fora (MG).

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