Após agredir companheira, homem ateia fogo em casa no Paranoá
A vítima, Anna Lúcia Moreira de Souza, 48 anos, conseguiu fugir e pedir ajuda
atualizado
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Na manhã deste domingo (24/2), Jorge Hamilton dos Santos de Oliveira, 44 anos, agrediu a companheira e incendiou a casa onde o casal vivia, no Paranoá. A vítima, Anna Lúcia Moreira de Souza, 48 anos, conseguiu fugir e pedir ajuda.
Já o agressor, teve queimaduras e precisou ser internado no Hospital Regional do Paranoá, mas recebeu ordem de prisão na própria unidade de saúde. Segundo a delegada responsável pelo caso, Jane Klébia, da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), os dois viviam juntos há cerca de três anos.
“Ela disse que era constantemente agredida por ele, mas que temia denunciá-lo porque ele era muito violento”, contou Jane. Conforme a delegada, a vítima disse em depoimento que Jorge já havia afirmado que iria incendiar a casa em outras ocasiões.
“Desta vez, ele cumpriu a ameça. De acordo com ela, a discussão começou do nada. Ele a agrediu e a ofendeu e, então, jogou gasolina na casa e ateou fogo”, detalhou a delegada.
As chamas destruíram o sofá e a televisão. Anna Lúcia se abrigou na casa dos pais dela, que moram no mesmo lote. Jorge Hamilton foi enquadrado na Lei Maria da Penha e indiciado por incêndio, vias de fato e injúria.
Neste 2019, o Metrópoles inicia um projeto editorial para dar visibilidade às tragédias provocadas pela violência de gênero. As histórias de todas as vítimas de feminicídio do Distrito Federal serão contadas em perfis escritos por profissionais do sexo feminino (jornalistas, fotógrafas, artistas gráficas e cinegrafistas), com o propósito de aproximar as pessoas da trajetória de vida dessas mulheres.
O Elas por Elas propõe manter em pauta, durante todo o ano, o tema da violência contra a mulher para alertar a população e as autoridades sobre as graves consequências da cultura do machismo que persiste no país. Desde 1° de janeiro, um contador está em destaque na capa do portal para monitorar e ressaltar os casos de Maria da Penha registrados no DF. Mas nossa maior energia será despendida para humanizar as estatísticas frias, que dão uma dimensão da gravidade do problema, porém não alcançam o poder da empatia, o único capaz de interromper a indiferença diante dos pedidos de socorro de tantas brasileiras.