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Agiota é preso no Lago Sul por extorsão milionária contra empresário

O suspeito recebeu um Audi A7 – avaliado em R$ 170 mil –, um apartamento em Goiânia no valor de R$ 200 mil, além de R$ 35 mil e queria mais

atualizado

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1 de 1 algema prisão - Foto: iStock/Foto ilustrativa

Uma transação financeira milionária envolvendo um agiota e um empresário do Distrito Federal virou caso de polícia. Após transferir um carro de luxo, um apartamento e quantias em dinheiro ao seu credor, a vítima procurou a polícia por estar sendo alvo de extorsão (ameaça ou uso de violência para levar vantagem). O suspeito acabou preso em um café, no Lago Sul, por investigadores da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul).

De acordo com as apurações, o empresário Cláudio (nome fictício), que mora no Sudoeste e tem um escritório no Lago Sul, conheceu Clayton Viana de Souza em 2014, por intermédio de um amigo. A vítima precisava de R$ 200 mil para realizar alguns negócios relacionados à compra de precatórios. O agiota emprestou o dinheiro a juros de 10% ao mês. Em seis meses, o empresário contou ter quitado a dívida.

Em meados de 2015, fez um novo empréstimo no mesmo valor. Para pagar o agiota, entregou um Audi A7 – avaliado em R$ 170 mil –, um apartamento em Goiânia, no valor de R$ 200 mil, além de uma quantia de R$ 35 mil em espécie. No entanto, o credor ainda queria receber mais R$ 515 mil. Com a negativa do empresário, Clayton teria começado a fazer uma série de ameaças.

Cláudio contou à polícia que o agiota chegou a enviar fotos de sua mulher e de seus filhos pelo WhatsApp fazendo menção “a uma linda família que ele havia construído”. Em seguida, esteve no escritório da vítima e o ameaçou dizendo que “daria dois tiros em sua cabeça” caso não pagasse o valor devido.

Assustado, o empresário procurou a Polícia Civil, que armou um flagrante para prender o agiota. Para atraí-lo, Cláudio disse que entregaria um veículo e R$ 50 mil em dinheiro para abater parte da dívida. Quando Clayton chegou a uma cafeteria na QI 11 do Lago Sul, a polícia já o esperava e fez a prisão em flagrante por extorsão.

Segundo o delegado-chefe da 10ª DP (lago Sul), Plácido Sobrinho, o agiota já tinha duas passagens pela polícia por tentativa de homicídio. “Além disso, procuramos saber dele como conseguia movimentar uma quantia tão grande de dinheiro, mas ele preferiu se manter em silêncio”, completou.

O delegado informou que as investigações vão continuar: “Queremos saber como ele teve uma evolução patrimonial tão grande nos últimos anos”.

Nesta quinta (10/11), em audiência de custódia, a Justiça transformou a prisão em flagrante em preventiva, diante da “periculosidade” de Clayton. Na audiência de custódia, o juiz destacou a gravidade dos fatos e que mostram-se presentes a “certeza da materialidade e os indícios de autoria”.

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