Agentes de custódia da Polícia Civil paralisam atividades por três dias nesta segunda
Atividades como audiências de custódia, transporte de presos e visitas de familiares estão suspensas
atualizado
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Da manhã desta segunda-feira (7/12) até a próxima quinta (10), os brasilienses ficarão sem atendimento em algumas áreas da Polícia Civil. Atividades como audiências de custódia, transporte de presos das delegacias para a carceragem e visitas de familiares estarão suspensas. A paralisação é um manifesto contra uma tentativa do governo de transferir os agentes de custódia para o sistema penitenciário, segundo o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).
Além de não realizarem as atividades, a partir das 8h desta segunda, os policiais estarão em frente ao Departamento de Polícia Especializada (DPE), ao lado do Parque da Cidade, para impedir a entrada de todas as pessoas que buscarem atendimento na área de captura e custódia de presos.De acordo com o presidente do Sindicato, Rodrigo Franco, 500 agentes de polícia podem ser transferidos para a Subsecretaria do Sistema Prisional (Sesipe). Seria um acordo entre a Direção da Polícia Civil do DF e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), segundo o Sinpol.
O sindicato alega que a corporação está em déficit e, transferir os agentes, vai agravar a situação, além de que os policiais podem atuar em outra carreira, caso sejam colocados no sistema prisional.
Por meio de nota, a PCDF disse que a paralisação “afetará as atividades relacionadas à carceragem. Não serão interrompidos os serviços de registro de ocorrências, investigações ou perícias. Serão adotadas medidas legais pertinentes se houver algum prejuízo aos direitos das pessoas recolhidas na carceragem”.
Greves
Em setembro deste ano, os agentes da Polícia Civil ficaram 22 dias com as atividades paralisadas. A categoria reivindicava a manutenção da isonomia salarial entre a Polícia Civil do DF e a Polícia Federal, além da normatização para as remoções dentro da corporação e a nomeação de mais de 400 aprovados no último concurso.
Os policiais só voltaram ao trabalho depois da promessa do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de aplicar o mesmo aumento que porventura os policiais federais receberem do Governo Federal aos agentes do DF.