Adolescentes envolvidos em quatro roubos a joalherias estudavam as lojas antes das ações
Prisão dos menores foi noticiada em primeira mão pelo Metrópoles no último sábado (27/2)
atualizado
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Os quatro menores apreendidos acusados de assaltar quatro joalherias no DF em janeiro deste ano tinham um modo de operação bem definido. Segundo a delegada Alessandra Figueiredo, da Delegacia da Criança e do Adolescente I, eles costumavam observar a movimentação das lojas dias antes dos assaltos. O grupo invadia os locais com armas compradas em outros estados do país, sem a preocupação de cobrir os rostos. Depois, fugia em carros roubados ou furtados. Em um dos roubos, à loja Carla Amorim, no Lago Sul, um segurança foi baleado. A prisão dos menores foi noticiada em primeira mão pelo Metrópoles no último sábado (27).
Ainda de acordo com a delegada, eles tinham o objetivo de implementar um novo modelo de assaltos a joalherias no DF, já realizado em outras unidades da Federação, mas foram frustrados pela resposta da polícia. Foram quase dois meses de investigações até que as delegacias da Criança e do Adolescente (DCA) e de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) chegassem aos suspeitos.Dois dos adolescentes, que têm entre 16 e 17 anos, foram apreendidos no último sábado (27/2), no Paranoá. Outro foi detido em flagrante após assalto a uma joalheria no Shopping Boulevard, na Asa Norte, em 31 de janeiro. Durante as investigações, os policiais apreenderam algumas joias em Goiás, onde um quarto adolescente envolvido nos crimes foi apreendido com uma arma de fogo. Ele estava com um adulto, também preso, identificado com a digital em um dos carros usados por eles na fuga de um dos assaltos das joalherias.
Um quinto adolescente, que participou dos dois primeiros roubos, foi morto e o crime ainda não foi solucionado. A polícia também identificou um maior de idade responsável pela fuga após o assalto a uma joalheria na Asa Sul, no dia 4 de janeiro. O suspeito está foragido. Segundo a delegada, os suspeitos não revelaram o que faziam com as joias depois dos roubos.
Todos os menores já tinham passagens pela polícia por diversas modalidades de roubos e furtos. Os quatro estão internados provisoriamente em uma das unidades voltadas para adolescentes enquanto o processo corre na Justiça. Eles responderão por atos infracionais análogos aos crimes de roubo e tentativa de latrocínio (roubo com morte). Após a decisão judicial, podem permanecer internados por até três anos.