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Adolescente envolvido na morte de policial é encontrado morto um ano depois do crime

A vítima foi achada em um matagal de Santa Maria com perfurações no corpo. Ele havia fugido da unidade de internação na última sexta-feira (25)

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Pedro Ventura/Agência Brasília
1 de 1 - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

A Secretaria de Políticas para Crianças confirmou que o corpo de um jovem, encontrado nessa terça-feira (29/12), em um matagal de Santa Maria, é de um dos 20 adolescentes que fugiram da Unidade de Internação de Santa Maria (UISM), na última sexta-feira (25). Ele estava apreendido porque havia participado da morte do policial Flávio Viana de Castro, em 27 de dezembro de 2014.

O menor era um dos sete jovens que estavam foragidos. Até o fechamento desta reportagem, os seis continuavam desaparecidos. De acordo com a certidão de óbito, o corpo do menor de 17 anos apresentava perfurações e lesões em várias partes.

A polícia trabalha em sigilo para chegar à autoria do provável assassinato. Além dos colegas de corporação do policial, que atuava na Divisão de Operações Especiais (DOE) – tropa de elite da Polícia Civil -, a investigação não descarta que a execução pode ter ligação com outros delitos cometidos pelo menor infrator. Além do latrocínio – roubo com morto -, o adolescente tinha mais cinco passagens pela Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). Entre elas, constam porte de arma, lesão corporal e tráfico de droga.

De acordo com fontes da polícia, a morte do menor pode ter ocorrido até dois dias antes de o corpo dele ter sido encontrado. Coincidentemente, um ano após a morte do policial civil.

Momentos antes de o Instituto de Medicina Legal (IML) identificar o corpo, uma mulher que afirma ter um filho com o adolescente morto divulgou em sua rede social na internet temer que o cadáver encontrado no matagal de Santa Maria pudesse ser o do ex-companheiro dela. “Gente, o pai do meu filho, que matou o polícia (sic) do Gama, fugiu e acharam um corpo e estamos desconfiados os canas deram um sumiço nele”, publicou Ketlem Oliveira Damasceno, em sua página no Facebook.

Ao saber da confirmação, Ketlem desabafou: “Deus, me dê forças. Não estou acreditando. O seu filho precisa de você aqui. Quantas noite, quantas lágrimas vazias eu passei. Tivemos uma história juntos. Dois anos morando juntos”.

Latrocínio
Flávio Viana deixava um bar na Ponte Alta Sul do Gama na noite do dia 27 de dezembro de 2014, quando foi abordado por quatro suspeitos. No depoimento de um adolescente de 16 anos apreendido, consta que o policial foi baleado porque tinha uma pistola e tentou reagir ao roubo de carro. Flávio morreu com seis tiros durante um assalto no Gama.

Reprodução/Internet

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