Segurança de Bolsonaro com coronavírus integrou Força Nacional
Oficial da PMDF, capitão Ari Celso Rocha Lima passou boa parte da carreira se especializando e tem diversos cursos no currículo
atualizado
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O segurança do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) internado em estado grave no Hospital de Base do DF com coronavírus tem um extenso currículo. Capitão da Polícia Militar do DF (PMDF), Ari Celso Rocha Lima de Barros (foto em destaque), 39 anos, tem formação em ciências policiais, é pós-graduado em segurança pública fez curso de extensão em prevenção ao uso indevido de drogas pela Universidade Federal de Santa Catarina.
A internação dele com Covid-19 foi publicada com exclusividade pelo Metrópoles, na manhã desta quinta-feira (26/03).
Desde que se formou oficial na PMDF, Ari se especializou em diversas modalidades: fez curso de grupo tático operacional, em 2008, e um de operações no Cerrado, em 2009. Além disso, integrou os quadros da Força Nacional, em 2010. Dois anos depois, garantiu o brevê que o colocou apto a participar de operações da Patamo.
Dois anos depois, no Chile, fez parte da turma que se formou em Protección de Personas Importantes. Ele ainda foi lotado no gabinete do comandante-geral da PMDF, na gestão do coronel Marcos Nunes, onde exerceu a função de ajudante de ordens. Após a eleição de Bolsonaro, passou a integrar a equipe de segurança pessoal do presidente da República.
Depoimento da mãe
Mãe do capitão, Julmar Rocha de Lima de Barros contou ao Metrópoles que o filho foi diagnosticado com a doença em 18 de março. Desde então, cumpria isolamento domiciliar. Mas, segundo a família, o quadro piorou.
“Estava em casa, sob controle. Ontem [quarta] se sentiu mal e foi internado no Hospital de Base. Ele trabalha na Presidência. É segurança do presidente. Ele sempre viaja com ele. E eu acredito que esse vírus ele adquiriu nessas viagens que fez”, acrescentou.
Na viagem para Miami, na qual integrantes da comitiva presidencial adoeceram, Ari não esteve presente.
Segundo a família, o policial ficou em casa tão logo teve o diagnóstico de coronavírus, isso para não disseminar a doença. O primeiro exame havia dado negativo.
Depois de apresentar os sintomas, febre e dores, o policial buscou novamente atendimento, foi quando recebeu a confirmação. “Ele fez o exame e acusou”, lembrou a mãe. A família adotou as providências de segurança e passou a cuidar de Ari.
Pressão alta
De acordo com dona Julmar, o filho tem problemas de saúde e de pressão. Diante do caso, dona Julmar faz um apelo à população: “Tenham o maior cuidado. Igual meu filho teve. De não ter o contato com outras pessoas, de ficar em casa. Tem de se cuidar, para que não aconteça. Por que não é fácil. Nós estamos passando por um momento muito difícil. Agora mesmo nós estávamos em oração, pedindo a Deus. Porque só ele para curar e proteger, e os médicos também”.
“Meu filho é um homem muito honesto. Muito trabalhador. Não é à toa que ele foi escolhido para estar ao lado do presidente”, destacou.
Ari, que é integrante provisório da segurança de Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, mora com a esposa e dois filhos em Taguatinga.