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Segundo testemunha, acusado negou que crime da 113 tenha mandante

Geraldo Flávio de Macedo Soares é uma das testemunhas de defesa que falaram nesta quinta no Tribunal do Júri de Brasília

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1 de 1 Julgamento-Adriana-3 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Nesta quinta-feira (26/09/2019), quarto dia de julgamento de Adriana Villela, estão sendo ouvidas testemunhas de defesa. Ao júri, o advogado Geraldo Flávio de Macedo Soares disse que ouviu de um dos condenados pelo crime que a filha dos Villela não foi a mandante do crime da 113 Sul. “O Paulinho (Paulo Santana, um dos condenados) disse para mim que agiu com Leonardo (Leonardo Campos Alves) para roubar e que não tinha mandante”, disse.

O advogado se recordou também que, ao ter contato com a delegada Mabel de Farias, da Corvida, à época do crime, a investigadora pediu a ele para orientar Paulo de que a pena para o crime de mando era menor do que a de latrocínio (roubo seguido de morte). “Ela não impôs, apenas me pediu. Eu conversei com ele, disse que até seria beneficiado se falasse que teve mandante, mas ele me disse que não havia”, ressaltou

O primeiro a prestar depoimento foi Enio Esteves Perche, ex-cunhado de Adriana Villela. Durante a oitiva, ele comentou que teve contato mais próximo com a acusada à época em que ela se relacionava com o irmão dele e poucas vezes viu o casal Villela.

“Apenas tive conhecimento dos fatos por conversas com pessoas próximas. Na época, eu morava em outro estado. O contato com Adriana foi muito frequente depois que meu irmão faleceu, no final de 1983. Na época em que Adriana estava grávida de Carolina. Ela tinha uma preocupação em preservar a memória dele”, destacou.

Enio classificou o jeito de Adriana como “expansivo”. “Mas era pessoa que tinha muito carinho e consideração por todos”, destacou. Durante o depoimento, a defesa leu cartas e e-mails amorosos trocados entre a ré e a mãe que “comprovam o relacionamento carinhoso que tinham, apesar dos desentendimentos considerados normais por existir em todas as famílias”.

O depoente também comentou que, certa vez, esteve em Brasília para formatura da sobrinha, quando em conversa com a acusada ela teria demonstrado incômodo em receber mesada dos pais. “Ao me levar ao aeroporto, me lembro dela dizer que gostaria que a produção artística fosse mais rentável”, assinalou.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que o depoimento do advogado deixa claro que “a dra. Mabel se omitiu na investigação ao proteger o Neilor (Neilor Teixeira da Mota). Segundo ele, a policial não investigou o acusado porque o queria como testemunha. “Outro ponto inacreditável é a Mabel chamar o advogado e pedir a ele para orientar o Paulo a dizer que o caso era crime de mando. Esse fato tem que ser investigado. É gravíssimo”, destacou.

Segundo o procurador Maurício Miranda, a defesa “não sabe para que lado vai”. “É o samba do crioulo doido. Ora quer colocar o Neilor no contexto, ora quer tirar. A confissão do Paulinho só tem ele e o Leonardo. O que a defesa quer é criar uma confusão”, assinalou.

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