Segundo depoimento de Anderson Torres à Polícia Federal é suspenso
Ex-secretário e ex-ministro seria ouvido nesta 2ª feira, no âmbito do inquérito do STF que investiga os atos terroristas de 8 de janeiro
atualizado
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O depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) Anderson Torres à Polícia Federal (PF) foi suspenso, na manhã desta segunda-feira (23/1). O Metrópoles apurou que a oitiva, remarcada para 2 de fevereiro, dependia de autorização judicial.
Até o horário marcado, a Justiça não havia autorizado a PF a ouvir o ex-ministro. Na semana passada, a defesa de Torres enviou um pedido para que a reunião ocorresse nesta segunda-feira (23/1). No entanto, o ministro Alexandre de Moraes não respondeu a tempo.
O depoimento seria às 10h30, no 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), no Guará 2, onde Anderson Torres está detido desde que desembarcou em Brasília, após chegar dos Estados Unidos.
Esta seria a segunda em vez que o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) prestaria depoimento no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, aberto pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nomeado pelo governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) para assumir a pasta de Segurança Pública, o ex-secretário foi exonerado do cargo em 8 de janeiro, após os ataques terroristas cometidos contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O ex-secretário está preso na Sala de Estado Maior, no Batalhão de Aviação Operacional (Bavop). Em relatório emitido na última segunda-feira (16/1), há detalhes de que o espaço onde o ex-ministro se encontra tem um “sofá em péssimo estado de conservação (assento rasgado) e uma mesa, com quatro cadeiras”.
Há um alojamento adjacente, com antessala, frigobar e alojamento com banheiro de, aproximadamente, 1,5m por 2,5m de área, além e dois armários e uma cama beliche, onde Anderson Torres tem dormido.