Secretário sobre reforço na segurança em saída de Sara Winter: “Precaução”
Ele afirma que líder bolsonarista só deixa a Colmeia no fim da noite: “Só sai no fim do dia, às 23 horas, 59 minutos e 58 segundos [sic]”
atualizado
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A saída da líder do grupo extremista 300 do Brasil, Sara Winter, da Penitenciária Feminina do Distrito Federal ligou o alerta para as forças de segurança da capital.
Em entrevista ao Metrópoles, o secretário de Administração Penitenciária, Adval Cardoso, afirmou que vai reforçar a segurança do presídio durante a liberação da ativista.
“Por precaução, vamos montar um esquema especial de segurança. Nossa inteligência está trabalhando em cima disso, pois existe uma possibilidade de que o pessoal do grupo dela vá até o local. Portanto, por via das dúvidas, achamos melhor reforçar.”
Cardoso afirma que Sara Winter só deixará a Colmeia no fim da noite: “Só sai no fim do dia, às 23 horas, 59 minutos e 58 segundos [sic]”.
A liberação da militante ocorre após decisão da Justiça de não prorrogar o pedido de prisão temporária por mais cinco dias. Atualmente, a extremista se encontra reclusa em cela isolada por risco de retaliações internas.
O Metrópoles apurou detalhes da rotina de Sara Winter na prisão. Desde que foi transferida ao presídio, a jovem permanece quieta, obedece todas as determinações impostas, não tem regalias e é incentivada, por motivos de saúde, a praticar exercícios físicos durante o banho de sol.
“Nesse período, as presas correm e fazem atividades aeróbicas. Já os homens, jogam futebol”, informou uma fonte à reportagem.
Investigação
Sara foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ameaçar o ministro Alexandre de Moraes nas redes sociais. Ela disse que transformaria a vida do ministro em um “inferno” após ela ter sido incluída no inquérito das fake news.
Em oitiva, a bolsonarista ficou calada ao ser questionada sobre o motivo das ameaças e negou participação no ato que envolveu a queima de fogos em direção ao prédio do STF.
De acordo com a defesa da bolsonarista, Sara teria agido “pelo calor do momento” ao disparar contra Moraes. As ameaças foram feitas minutos após a chegada da PF à casa dela, no cumprimento de um mandado de busca e apreensão no inquérito contra as fake news.