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Secretário diz que investigados no Caso Lázaro indicaram “direções opostas” à polícia

De acordo com Rodney Miranda, pessoas investigadas também teriam implantado notícias falsas, na tentativa de ludibriar os investigadores

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Rodney Miranda dá entrevista sobre Caso Lázaro Barbosa
1 de 1 Rodney Miranda dá entrevista sobre Caso Lázaro Barbosa - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O secretário de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, disse nesta segunda-feira (28/6) que o chacareiro preso desde a semana passada, Elmi Caetano Evangelista, 74 anos, tentou despistar a polícia, apontando direções contrárias ao real paradeiro de Lázaro Barbosa, 32 anos. O maníaco foi preso esta manhã, após 20  dias de caçada policial no Entorno do DF.

De acordo com Miranda, pessoas investigadas também teriam implantado notícias falsas, na tentativa de ludibriar os investigadores da força-tarefa. “Nós temos certeza. Eles movimentavam a nossa tropa para locais opostos ou longe de onde ele estava. Mas, a medida que conhecemos o terreno, conseguimos estruturar tudo isso e chegar cada dia mais perto dele até o desfecho desta segunda”, disse Rodney.

Segundo o secretário, há indícios de que Lázaro agia com ajuda de outras pessoas. “Vamos montar esse quebra-cabeça. Não temos pressa”, disse.

“Tem gente que deu cobertura para ele. É um absurdo tentar evitar que a Justiça chegue a um sujeito de alta periculosidade. Só pode ser porque foram parceiros em outros crimes e queriam acobertá-los”, acrescentou.

Ao ser questionado sobre a existência de um esquema de compra e vendas de lotes na região, ao qual Lázaro pudesse fazer parte, o secretário afirmou que as investigações trabalham em todas as linhas. “Temos várias linhas de investigação e essa é uma delas. A PCGO tem oito inquéritos abertos, fora aqueles que a imprensa já tem conhecimento, cuja autoria está atribuída à ele. E, nós entendemos que teve participação de outras pessoas. Ou no mando ou até na execução. Isso será esclarecido posteriormente”, complementou o secretário.

Sobre a fuga de Lázaro, que completou 20 dias nesta segunda, Miranda acrescentou: “Nós tínhamos certeza que havia uma rede facilitando a fuga dele e evitando que Lázaro fosse pego pela polícia”.

Questionado sobre a hierarquia do esquema criminoso, o chefe da Segurança disse não saber se  Elmi Caetano era o chefe da organização. “Mas é um dos principais partícipes. Chegamos ao Lázaro e vamos chegar a rede que sustentava ele”, finalizou.

Operação

Lázaro Barbosa foi morto com pelo menos 38 disparos, na manhã desta segunda-feira (28/6), após trocar tiros com policiais em uma mata situada nas imediações da casa da ex-sogra dele, em Águas Lindas (GO). A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde do município, Rui Borges. “Quando ele chegou [ao hospital], já estava sem vida. Nós contamos 38 marcas de tiro. É um cálculo aproximado ainda”, ponderou.

Segundo o secretário, geralmente as pessoas mortas no município são enviadas ao Instituto Médico-Legal (IML) de Luziânia (GO). Como caso é de grande repercussão, no entanto, o corpo de Lázaro passará por necrópsia no IML da capital, Goiânia.

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