Secretário Anderson Torres fala à CPI contra o Feminicídio
Reunião ocorre a portas fechadas sob a alegação de que dados sigilosos ou ainda em processo de apuração seriam apresentados na ocasião
atualizado
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A reunião do secretário de Segurança, Anderson Torres, com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra o Feminicídio, da Câmara Legislativa (CLDF), na tarde desta segunda-feira (25/11/2019), foi fechada. O pedido foi feito pelo próprio chefe da pasta, sob a alegação de que dados sigilosos ou ainda em processo de apuração seriam levados à sessão
Além dos deputados e do secretário, puderam permancer no auditório apenas alguns assessores. Torres fez uma apresentação inicial e respondeu a perguntas dos distritais.
Entre os principais questionamentos que constam no relatório da CPI está a distribuição orçamentária para investimento em políticas públicas de proteção à mulher. “Não há especificação do montante destinado especificamente à capacitação em violência de gênero. E, por fim, tampouco é possível identificar o orçamento próprio destinado a uma delegacia de polícia, como é o caso da Deam (Delegacia Especial de Atendimento a Mulher)”, diz o documento.
Um pedido feito pelos deputados foi pela retirada dos termos “ciúmes” e “surto psicótico” como motivacionais para casos de feminicídio nos relatórios da Segurança. Segundo o deputado Fabio Felix (Psol), relator da CPI, eles retrocedem para os crimes passionais e fortalecem argumentos da defesa dos réus para negar o crime de gênero.
A deputada Arlete Sampaio, membro da comissão, lembrou no início da reunião que nesta segunda começa os 16 dias de foco nas políticas de proteção à mulher, um programa mundial aderido pelo Legislativo local. “É necessário que nos envolvamos em ações concretas no sentido de barrar a violência contra as mulheres”, disse. Secretário disse que os termos foram realmente inadequados e que, com provocação formal, eles vão fazer as correções.