Secretarias do DF criam comissão conjunta para concurso do Museu da Bíblia
Grupo vai coordenador o certame para escolha do projeto arquitetônico do espaço
atualizado
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A Secretaria de Cultura e Economia Criativa, em conjunto com a Secretaria de Estado e Desenvolvimento Urbano e Habitação, criou uma comissão para coordenar o concurso de escolha para o melhor projeto arquitetônico que abrigará o Museu da Bíblia.
Conforme publicado no Diário Oficial do Distrito Federal desta segunda-feira (11/1), a comissão será composta por uma coordenação geral, uma coordenação institucional e uma coordenação técnica. As propostas encaminhadas serão avaliadas e julgadas em processo sigiloso até a divulgação dos resultados.
As ideias e os documentos de inscrição devem ser apresentados, em site específico para a seleção, entre os dias 15 de janeiro e 1º de março de 2021. O vencedor deve levar prêmio de R$ 122 mil. O resultado final está previsto para 23 de março.
Segundo o edital, podem participar pessoas físicas ou jurídicas constituídas por profissionais diplomados, legalmente habilitados, devidamente cadastrados e em situação regular perante o conselho profissional de sua área de atuação, como Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), no caso de engenheiros civis. Os participantes devem morar no Brasil.
O espaço, segundo os idealizadores, terá como objetivo a preservação da memória religiosa. A ideia é promover educação e cultura para a população do DF e turistas do Brasil e do mundo.
Na Justiça
A Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos (Atea) chegou a entrar na Justiça contra o projeto do GDF de construir o Museu da Bíblia. Em 30 de setembro de 2020, a 7ª Vara de Fazenda Pública de Brasília indeferiu o pedido para suspensão de eventuais obras e dos procedimentos licitatórios.
“Com R$ 80 milhões, o GDF poderia construir milhares de casas populares, postos de saúde, hospitais, creches e etc, atendendo toda a população, não apenas os ‘fiéis’ de determinadas crenças religiosas, ainda que majoritárias no espectro brasileiro, ressaltando que não é papel do Estado construir monumentos religiosos, em razão de manifesta vedação constitucional”, escreveu a Atea.
O GDF informou, à época, que o museu não seria um templo religioso, uma vez que a Bíblia é “patrimônio histórico da humanidade”.