Secretaria de Saúde não foi notificada sobre caso suspeito de H1N1
De acordo com pai da criança com suspeita de Influenza A, não houve exame específico, apenas teste rápido para diagnóstico
atualizado
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Os pais do menino diagnosticado no último sábado (18/3) com suspeita do vírus da Influenza A, o H1N1, não forneceram detalhes sobre o caso à Secretaria de Saúde, nesta terça-feira (21/3). O pai da criança, que é da área de saúde, apenas confirmou que o filho foi diagnosticado com suspeita de H1N1, por meio de um exame rápido feito em laboratório particular.
O homem acrescentou que a criança passa bem, vem se recuperando em casa e não necessita de internação. A escola onde o garoto faz o maternal informou, pela manhã, que o aluno não frequenta as aulas nem participa de qualquer atividade acadêmica desde a última quinta-feira. De acordo com a direção, os pais já apresentaram o resultado do teste que teria confirmado infecção por H1N1.
Na tarde desta terça, dois servidores da Secretaria da Saúde foram até a escola, o Centro de Ensino Candanguinho (Cecan), localizado no Sudoeste, para colher mais informações sobre o caso. Por medidas de segurança, a direção não forneceu os contatos dos pais do menino aos representantes do governo. Mas ficaram com os telefones da equipe e repassaram à família, o que possibilitou a conversa do pai com os profissionais da secretaria que investigam o caso.
Quando há suspeita de Influenza A, postos, hospitais e laboratório públicos e particulares são obrigados a notificar as secretarias estaduais de saúde. Só após o procedimento, chamado de notificação compulsória, os governos locais podem pedir exames complementares dos infectados (se for o caso), atualizar as estatísticas da doença e adotar mais medidas de prevenção e controle.
Como o pequeno aluno do Candanguinho não foi internado e o caso ainda é considerado suspeito até que se faça um exame especializado, a notificação à Secretaria de Saúde não é obrigatória. Se a suspeita for realmente confirmada, será o primeiro registro da doença no DF em 2017.No ano passado, 133 casos de Influenza A foram registrados.
Vacinação
A campanha de vacinação gratuita na rede pública contra o H1N1 está programada para começar em 10 de abril e vai até 26 de maio. Segundo a Secretaria de Saúde, a cobertura vacinal contra o vírus foi de 106% nos grupos alvos do H1N1.
Os alvos incluem indivíduos com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a 5 anos, gestantes, mulheres cujos partos aconteceram nos últimos 45 dias, trabalhadores da saúde, povos indígenas, grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, população carcerária e funcionários do sistema prisional.