Secretaria de Saúde mantém suspensão de cirurgias eletivas no DF
Cenário será revisto em 31 de março, com base na situação da transmissão de Covid-19 e ocupação de leitos de UTI
atualizado
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O secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, e o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez, mantiveram a suspensão das cirurgias eletivas no Distrito Federal, pelo menos até o dia 31 de março. A decisão foi enviada às unidades de saúde do DF em circular assinada pelos dois gestores e divulgada nesta segunda-feira (15/3).
O documento afirma que, com a alta taxa de ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) com ventilação mecânica, em 95%, e a taxa de transmissão R(t) em 1,01, os procedimentos eletivos precisam continuar suspensos.
As cirurgias eletivas foram interrompidas no DF em 28 de fevereiro, quando a ocupação de leitos de UTI atingiu níveis alarmantes, puxada pela alta transmissão do coronavírus.
No entanto, estão mantidos os procedimentos oncológicos, cardiovasculares, de transplantes e judicializados. Essas cirurgias continuam ativas sob a justificativa de que pacientes com Covid-19 que precisem de intubação mecânica podem necessitar desses outros tratamentos.
“Em tempo, cabe ressaltar, que o referido cenário está sendo monitorado sistemicamente para garantir que o nível de resposta seja adequado e as medidas correspondentes sejam adotadas”, diz trecho de comunicado da Saúde do DF.
Segundo dados do InfoSaúde, existem 298 pacientes no DF à espera por um leito de UTI. Desses, 233 estão com suspeita ou confirmação de Covid-19. Os dados foram atualizados às 17h45.
Apesar da fila, o sistema de saúde público tem 13 leitos vagos, mas apenas quatro são para adultos: dois são para recém-nascidos e sete, para crianças.