Secretaria de Saúde confirma surto de caxumba em escola militarizada
Ao todo, 20 pessoas, entre servidores e alunos, manifestaram sintomas da doença
atualizado
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou um surto de caxumba no Centro Educacional (CED) 07, em Ceilândia. Ao total, 20 pessoas contraíram a doença. Por meio de nota, a pasta informou ao Metrópoles que uma das medidas tomadas foi a verificação das carteiras de vacinação de estudantes e servidores para que as pessoas sem a devida proteção sejam imunizadas nos próximos dias.
Os estudantes infectados foram afastados para tratamento, mas as aulas continuam normalmente na unidade de ensino. O CED 07 é uma das quatro escolas militarizadas no início da gestão Ibaneis.
Os surtos de caxumba tem se repetido no DF. Desde abril, foram registradas ocorrências da doença no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e na Caixa Econômica Federal da 512 norte. Segundo a Secretaria de Saúde, foram 457 notificações apenas nos quatro primeiros meses de 2019.
A caxumba é uma doença infecciosa causada pelo vírus da família Paramyxoviridae. Ela pode ser transmitida por via aérea, pois se instala nas glândulas salivares, e causa inchaço e dor no rosto. Embora a doença seja mais frequente em crianças e adolescentes, também pode surgir em adultos, mesmo nos que já tenham sido vacinados.
Os sintomas iniciais da caxumba, também conhecida por papeira e parotidite, podem demorar de 14 a 25 dias para surgir e o sinal mais comum é o inchaço entre a orelha e o queixo devido à inflamação das glândulas parótidas, produtoras de saliva, quando são afetadas pelo vírus. O inchaço possui consistência gelatinosa ao ser apalpada e atinge seu ponto máximo entre o terceiro e o sétimo dia, diminuindo gradualmente depois deste período.
A pessoa contaminada transmite o vírus para outras pessoas através das gotículas de saliva ao falar, tossir ou espirrar, cerca de cinco dias antes dos sintomas começarem a se manifestar. O período de maior risco de transmissão é de dois dias antes e dois dias depois do surgimento dos sintomas.
O tratamento é feito de forma a aliviar os sintomas da doença e, por isso, pode incluir o uso de analgésicos para reduzir o desconforto. Além disso, repouso, ingestão de água e alimentação pastosa são importantes para melhorar até que o organismo seja capaz de eliminar o vírus.