Secretaria de Saúde aguarda laudos de 35 mortes de macacos no DF
Cinco óbitos ocorreram neste ano. Outros 30 estão em análise na UnB. Em 2017, todos os casos analisados deram negativo para febre amarela
atualizado
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal investiga a morte de 35 macacos. Cinco morreram no primeiro mês de 2018, e os outros 30 estão com laudos pendentes. Em 2017, 155 animais vieram a óbito na capital, e todos os 125 pareceres concluídos pelo Laboratório de Patologia da Universidade de Brasília (UnB) deram negativo para febre amarela.
“As apurações são procedimentos comuns e importantes para o monitoramento da doença. A maioria dos macacos morre por atropelamento ou choque elétrico. Não identificamos circulação do vírus desde o ano passado”, afirmou o diretor de Vigilância Ambiental, Denílson Magalhães.
Os óbitos deste ano também não indicam febre amarela. Os animais foram encontrados no Lago Norte, no Lago Sul e no Park Way. “Os laudos das mortes de janeiro deste ano devem ficar prontos em 10 dias. Não há motivo para alarde. Precisamos que as pessoas vejam o cartão de vacina e confiram se estão atualizados nos postos de saúde”, afirmou o diretor.
Magalhães frisa ainda que os macacos são vítimas da doença. “A população não deve agredir os animais. As pessoas precisam nos ajudar no controle”, disse. Os primatas mortos são recolhidos por funcionários da Secretaria de Saúde, a qual disponibiliza um telefone celular para receber denúncias. É possível prestar as informações por meio do número (61) 99269-3673.
Quem encontrar um macaco morto não deve mexer no corpo, chegar perto ou tentar movê-lo. É preciso ligar ou mandar uma mensagem para o telefone da secretaria.
Mortes em Goiás
No Entorno, três animais tiveram a morte confirmada, em 2018. Um macaco foi encontrado em uma chácara do Novo Gama, a cerca de 40km do Distrito Federal. Outros dois, em Valparaíso e Santo Antônio do Descoberto.
No Novo Gama, onde foi registrado o caso nesta terça-feira (23/1), a Secretaria Municipal de Saúde enviou imediatamente uma equipe da Vigilância Sanitária e Epidemiológica ao local, que fica a 15km do centro da cidade, no Pedregal.
O animal foi recolhido e encaminhado para a Zoonoses de Brasília. Segundo a Secretaria de Saúde, o corpo já está com a Vigilância Ambiental do DF, “que, por sua vez, irá enviá-lo para uma série de exames na Universidade de Brasília. O resultado da análise fica pronto em aproximadamente 10 dias”.
Técnicos da Vigilância Sanitária e Epidemiológica isolaram a área onde o bicho foi achado morto e vacinaram os funcionários da chácara contra febre amarela, na tarde desta terça.
Esse foi o primeiro caso, neste ano, de macaco morto na região, de acordo com a secretaria. A pasta ressalta que, a princípio, não haverá vacinação em massa contra a doença no município. Mas, após o resultado dos exames da Zoonoses, se necessário, a imunização pode ser ampliada.