Secretaria de Educação coloca currículo do ensino médio em consulta pública
As contribuições podem ser enviadas de 31/8 a 4/10, por meio do site da Secretaria
atualizado
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A Secretaria de Educação colocou à disposição a partir desta segunda-feira (31/8), uma consulta pública acerca do currículo do Ensino Médio no DF. Estudantes, professores, diretores, pesquisadores, instituições de educação superior e todos os demais interessados podem opinar.
As contribuições deverão ser enviadas até o dia 10 de outubro, exclusivamente por meio dos formulários que estarão disponíveis no site da Secretaria de Educação.
“O documento que vai para consulta pública teve a importante colaboração de diversos setores da sociedade civil, sobretudo, representantes da Universidade de Brasília, de instituições de ensino superior da rede privada, do Instituto Federal de Brasília, de estudantes, de professores e de gestores”, afirma o secretário de Educação, Leandro Cruz.
“Queremos, com esta ação, fortalecer os princípios da gestão democrática e o espírito colaborativo que rege a Educação no Distrito Federal”, destaca o secretário, que fará a mensagem de abertura.
O ensino médio no DF conta com 81.688 estudantes matriculados em 91 escolas que ofertam esta etapa da Educação Básica.
O objetivo do novo currículo é dar sentido prático à etapa de ensino, até então vista pela maioria dos estudantes apenas como uma fase protocolar para ingressar no ensino superior.
A organização inovadora tem por objetivo fazer com que os estudantes não apenas assimilem conteúdos, mas que apliquem os conhecimentos em suas vidas.
Pela proposta, cada um pode aprofundar estes conhecimentos de acordo com suas áreas de interesse e, ainda, optar por uma formação profissional.
A primeira consulta pública do currículo do Ensino Médio aconteceu entre outubro e novembro de 2019. A versão consolidada será enviada para validação do Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF), em novembro de 2020, e, posteriormente, será possível a implementação em mais escolas da rede pública de ensino.
O que muda
O modelo traz uma série de inovações, principalmente a distribuição da carga horária total do ensino médio. Das 3 mil horas, 1,8 mil serão destinadas à Formação Geral Básica (Base Nacional Comum Curricular – BNCC) e 1,2 mil para os Itinerários Formativos, escolhidos pelo próprio estudante, de acordo com a oferta, das suas necessidades e aspirações.
Além disto, a organização passa a ser semestral e a carga horária registrada pelo sistema de créditos.
A BNCC divide os objetivos de aprendizagem por áreas do conhecimento, para fomentar a interdisciplinaridade: Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias (Biologia, Química e Física); Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia); Linguagens e suas Tecnologias (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física, Língua Inglesa e Língua Espanhola).
Especificamente no Distrito Federal, além do inglês, a Língua Espanhola também é obrigatória. A intenção é que o estudante faça as correlações entre os conteúdos e desses com a vida prática.
Os Itinerários Formativos são compostos pelas quatro áreas de conhecimento e pela Educação Profissional Técnica (EPT).Servem para o aprofundamento das aprendizagens, conforme a oferta, os interesses e as necessidades de cada estudante.
Dentre os itinerários das áreas do conhecimento a proposta permite que os estudantes tenham a possibilidade de optar por mais de uma área. Além disto, cada itinerário é ancorado em um dos quatro eixos estruturantes: investigação científica; processos criativos; mediação e intervenção sociocultural; e empreendedorismo.
Fóruns virtuais
O Currículo em Movimento do Novo Ensino Médio será apresentado de forma detalhada na quarta-feira, 2/9, no canal da SEEDF no YouTube.
A transmissão é aberta a todos os interessados. Serão dois horários, com o mesmo conteúdo: das 10h às 12h e das 15h às 17h.
Em setembro, ocorrerão fóruns virtuais de discussão, para cada área do conhecimento, exclusivos para professores, gestores, coordenadores da rede pública e o grupo de leitores críticos das instituições convidados a apreciar a nova proposta e contribuir na consolidação da versão final. (Com informações da SEEDF)