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Secretaria de Educação apura denúncia de abuso sexual em escola do DF

Segundo os estudantes, os supostos casos de assédio foram cometidos por um professor e ocorrem dentro da instituição desde 2021

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1 de 1 Foto-alunos-protentam-contra-assedio-em-escola-publica-do-gama - Foto: Material cedido ao Metrópoles

A Corregedoria da Secretaria de Educação investiga a denúncia de uma série de assédios, supostamente ocorridos no Centro de Ensino Médio 2 do Gama (CEM2), no Distrito Federal. Alunos e alunas fizeram uma manifestação na sexta-feira (25/3) e, com cartazes, pediam a punição de um professor. O grupo também exigiu que casos envolvendo abusos não sejam mais ignorados pela unidade de ensino.

Segundo uma aluna, que diz ter sido alvo de assédios, e que pediu para não ser identificada, o abuso começou disfarçado de “brincadeiras” que a deixavam incomodada. Logo em seguida, a jovem alega que o comportamento do docente evoluiu para comentários inapropriados. A “gota d’água”, no entanto, segundo a estudante, foi quando o educador passou a mão nas nádegas dela.

“Eu fiz a primeira denúncia na escola contra o professor no ano passado, depois dele ter passado a mão na minha bunda. Em seguida, também denunciei o caso ao coordenador. Ele falou que iria conversar com o professor, mas nada foi resolvido e outras meninas também passaram a sofrer o assédio”, descreveu a estudante.

Veja vídeo da manifestação:

Uma outra estudante, que também diz ter sido vítima dos assédios, contou que desde a primeira vez que teve aula com o profissional, ele procurava um jeito de tocar nela. Assustada, a menina afirma que entrava em pânico nos dias em que veria o educador. Ela disse, ainda, que chegou a falar para o irmão o que estava acontecendo, mas sentia medo e vergonha de revelar aos pais o que tinha passado.

“Espero que finalmente isso acabe e que ele seja afastado do ambiente escolar. Somente dessa forma outras meninas não serão expostas a esse tipo de comportamento”, declarou.

Segundo uma terceira estudante, que também não será identificada, casos de assédios têm sido recorrentes na escola há tempos.

“Após diversas meninas relatarem que os abusos não cessavam, e diante da negligência da escola, resolvemos marcar a manifestação. O abuso é terrível, dói, e precisa parar”, desabafou a jovem.

Segurando cartazes com as frases “escola é para ensinar, não para abusar”, “professores são para a educação, não para passarem a mão” e “fora, assediador”, alunos e alunas do CEM2 passearam pela escola exigindo providência da instituição.

Veja imagens:

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Segundo eles, os abusos ocorrem desde 2021
Meninos e meninas se juntaram para protestar
Durante o ato, realizado nessa sexta-feira (25/3), os alunos passearam pela escola com cartazes pedindo que um professor fosse punido e que casos envolvendo abusos não fossem ignorados
As alunas afirmam estar com medo e cansadas dos assédios
Elas esperam que o responsável seja punido e afastado do ambiente escolar
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Estudantes do Centro de Ensino Médio 2 do Gama (CEM2), no Distrito Federal, organizaram uma manifestação contra casos de assédios

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Segundo eles, os abusos ocorrem desde 2021

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Meninos e meninas se juntaram para protestar

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Durante o ato, realizado nessa sexta-feira (25/3), os alunos passearam pela escola com cartazes pedindo que um professor fosse punido e que casos envolvendo abusos não fossem ignorados

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As alunas afirmam estar com medo e cansadas dos assédios

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Elas esperam que o responsável seja punido e afastado do ambiente escolar

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Segurando cartazes com as frases “escola é para ensinar, não para abusar”, “professores são para a educação, não para passarem a mão”, alunos e alunas do CEM2 passearam pela escola clamando providência da instituição

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Segundo a Secretaria de Educação, o caso está sendo apurado pela Corregedoria da Secretaria de Educação

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As alunas disseram, também, que a escola chegou a entrar em contato com o o pai de uma estudante afirmando que o caso estava sendo investigado. Ao responsável foi informado que o professor em questão estava abalado com a situação e que procuraria cuidar da saúde. Além disso, a unidade de ensino teria dito ao familiar que, em parceira com regional, um psicólogo seria solicitado para os professores homens.

O Metrópoles entrou em contato com a escola, que confirma que ouviu estudantes, o professor envolvido e o pais antes de encaminhar os relatos à Regional de Ensino do Gama. A direção escolar informou ainda que não compactua com qualquer forma de assédio e diz que jamais agiu de forma negligente em relação ao caso. Confira a nota completa:

Sobre o ocorrido, a direção escolar confirma que ouviu estudantes, o professor envolvido e pais, registrou e encaminhou os relatos à Regional de Ensino do Gama que tomou para si a obrigação de apurar os fatos, em tempo devido. O caso agora corre de forma sigilosa na Corregedoria da Sedf enquanto o professor encontra-se afastado.

A manifestação de nossos estudantes foi com a anuência dos diretores e acompanhada pela assistência escolar durante o intervalo das aulas. Manifestação legítima contra os casos de assédio e violência escolar que tem tomado proporções alarmantes no DF. Nos orgulhamos da tradicional criticidade do estudante do Cem 02.

Salientamos ainda que o CEM 02 não compactua com qualquer forma de assédio e jamais agiu de forma negligente em relação ao caso.

Somos uma escola formada por estudantes e profissionais brilhantes e honrados. Manteremos nosso trabalho alinhado com os nossos valores, entre eles o respeito e a verdade. Nosso compromisso é e sempre será com a Educação.

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