Seca: entenda por que Brazlândia foi a única cidade a ter água cortada
O corte no fornecimento de água de Brazlândia foi motivado pela seca que diminuiu a água no Barrocão, manancial responsável pela região
atualizado
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Durante a manhã e parte da tarde desta quinta-feira (12/9), Brazlândia teve o fornecimento de água interrompido em algumas quadras. A medida adotada pela Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) foi motivada pela seca, que diminuiu o nível da água no Barrocão, manancial responsável pela região.
Brazlândia é uma das poucas regiões do DF que não são abastecidas pelos reservatórios principais — o de Santa Maria e o do Descoberto. Essa característica tende a reduzir a disponibilidade hídrica nos meses secos na região. Este ano, com a seca que já dura 142 dias e, segundo a Caesb, diante do aumento do consumo de água em Brazlândia, houve redução significativa da quantidade de água que chega à captação do Barrocão.
O fornecimento de água foi interrompido nas Vila São José: quadra 33; Expansão da Vila São José: quadras 45, 46, 47 e 48, 55, 56, 57 e 58 e Unidade de Internação de Brazlândia — UIBRA. A previsão era que a situação normalizasse às 14h, porém, até a última atualização desta reportagem, a Caesb não confirmou se a água voltou a essas localidades.
Outras RAs abastecidas por mananciais
Sobradinho, Planaltina, Brazlândia e a região do Jardim Botânico e São Sebastião são abastecidas por mananciais.
O Sistema Sobradinho-Planaltina recebe água de captações superficiais, como Pipiripau, Fumal, Brejinho, Mestre D’Armas, Corguinho, Paranoazinho e Contagem, e subterrâneas, que são poços tubulares profundos de Sobradinho, Arapoanga e Pólo de Cinema.
O sistema Brazlândia possui duas captações, Barrocão e Capão da Onça, que não são interligadas com os demais sistemas do DF. Já o Sistema São Sebastião-Jardim Botânico recebe água do Sistema Torto-Santa Maria, da captação do córrego Cabeça de Veado e também dos poços de São Sebastião.
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Conscientização
A Caesb pede que os moradores tomem medidas para reduzir o consumo de água.
“É fundamental que todos os cidadãos e setores produtivos pratiquem o uso consciente e responsável da água, priorizando as necessidades essenciais e evitando qualquer forma de desperdício. A recomendação é que a água não seja desperdiçada em atividades domésticas corriqueiras, como lavar carros ou calçadas, regar jardins, encher piscinas ou banhos demorados”, informou.