Seape trocará diretora suspeita de usar viatura em benefício próprio
A pasta afirmou que a mudança não tem relação com denuncias de uso indevido do carro oficial. Servidora nega acusações
atualizado
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A Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) trocará a diretora da Penitenciária Feminina do DF, Leithyeri Neves dos Santos. A informação foi confirmada oficialmente pela pasta em nota enviada nesta sexta-feira (4/2) ao Metrópoles.
A servidora foi denunciada pela TV Globo de ter usado o carro oficial no horário do expediente para ajudar um parente no Novo Gama (GO). Na ocasião, a irmã dela teria agredido uma médica no município goiano, na companhia de um homem, no dia 27 de janeiro.
A Seape também informou ter instaurado “procedimento apuratório” para esclarecer as denúncias jornalísticas. Além disso, a pasta informou que está regulamentando o uso de viaturas em serviço.
Por meio de mensagens em uma rede social, a servidora Leithyeri Neves dos Santos afirmou que continua exercendo suas atividades e negou as denúncias de uso indevido do carro oficial. “Meus advogados já estão tomando as providências cabíveis”, afirmou.
Leia a íntegra da nota da Seape:
“A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) informa que a troca da direção da Penitenciária Feminina do Distrito Federal não tem relação com os fatos noticiados, a mudança faz parte da recomposição dos quadros de chefia pelo novo secretário de administração penitenciária.
Esta Pasta determinou instauração de procedimento apuratório para esclarecer o episódio.
Acrescenta-se que o uso de viaturas em serviço está sendo regulamentado por esta Pasta”
Agressões a médicos no Novo Gama
Um casal do Distrito Federal foi autuado após agredir uma médica do Centro de Referência da Covid-19 de Novo Gama (GO), no Entorno do Distrito Federal, localizado no bairro Mont Serrat. A mulher, seria irmã da diretora da Penitenciária Feminina do DF.
O homem e a mulher de Santa Maria (DF) chegaram ao local pedindo um atestado médico da Covid, mas não apresentaram o exame com resultado positivo para a doença e teriam se negado a fazer um teste rápido no local.
Sem o documento que embasasse a emissão do atestado, a médica do Centro de Referência se negou a fazer o que o casal pediu e foi alvo das agressões. Tudo foi registrado em imagens por pessoas que estavam no local. Além da médica, outros servidores e pessoas que trabalham na unidade de saúde também sofreram lesões.
Veja o vídeo:
A profissional da saúde disse ao Metrópoles que foi agredida após prescrever exame de Covid-19. “Quando falei [para a paciente] que os sinais vitais dela estavam bons, ela me jogou no chão, pegando na minha cabeça, dando socos e murros. Quando percebi que ela estava me dando socos e arrancando meu cabelo, a única coisa que fiz foi gritar por socorro”, disse Sabrina. A paciente foi classificada pela triagem com a cor verde, que indica pouca urgência.