Saúde revisa boletim e Fercal continua a única região do DF sem coronavírus
Pasta afirmou que houve um erro no registro de endereço de paciente e, por isso, o registro foi equivocado
atualizado
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A Secretaria de Saúde (SES-DF) admitiu, nesta quinta-feira (07/05), que errou ao atribuir um dos caso de coronavírus do Distrito Federal a um morador da Fercal. Com isso, a cidade volta a ser a única de toda capital do país a continuar imune à doença.
Segundo a pasta, o caso foi revisado pela Vigilância Epidemiológica e o endereço do paciente em questão modificado. Nessa quarta-feira (06/05), a Saúde havia afirmado que um morador da Fercal teria testado positivo para Covid-19.
Ainda de acordo com o órgão, a informação sobre a residência é inicialmente obtida no prontuário do paciente ou do resultado do exame.
“Após a investigação do caso, se ficar evidenciado que o paciente não reside no local que foi informado ou que constava no prontuario, o endereço de residência pode ser modificado”, explicou a SES.
Mais cedo, a Administração Regional da Fercal questionou a pasta sobre o caso registrado em boletim. O órgão afirmou ter consultado a Gerência de Saúde da cidade, que negou “qualquer teste positivo na região”.
O mistério da Fercal
O Metrópoles mostrou, em reportagem de Matheus Garzon, as medidas adotadas pelos moradores da cidade para conter a disseminação do novo coronavírus.
Apesar de não haver um motivo específico para explicar a ausência de registro, a soma de alguns fatores pode ajudar a entender por que a cidade não figurou com contaminados no boletim da Secretaria de Saúde: parte da população trabalha nas fábricas de cimento instaladas no local, consequentemente, não se aglomera em transportes públicos lotados.
Outra questão apontada pelos habitantes da Fercal é a grande concentração de mulheres que atuavam como doméstica ou diarista.
Dispensadas dos empregos, elas passaram a circular pouco. Há, ainda, quem acredite que a concentração de povoados distantes uns dos outros contribua para dificultar a propagação do vírus mortal.
A carência de espaços para praticar atividades físicas ao ar livre também é apontada como elemento relevante para que a região respeite mais a quarentena. Fora isso, soma-se o fato de ser a terceira RA menos habitada do DF.