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- Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
O Distrito Federal é a unidade da Federação com a maior taxa de casos prováveis de dengue do país — com 7.424,9 casos a cada 100 mil habitantes. Por isso, em fevereiro, foi uma das primeiras UFs a receber doses de vacina contra a doença. Porém, cerca de dois meses após o início da vacinação, mais de 12 mil doses foram remanejadas para algum estado, e 4 mil vencem no fim deste mês.
De acordo com a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), das 71.708 doses da vacina contra a dengue, 54 mil foram aplicadas. Outras 12.376 foram remanejadas para o Amapá.
Cerca de 4 mil doses ainda estão disponíveis na rede pública e vencem em 30 de abril.
A campanha de vacinação contra a dengue, no DF, segue a orientação do Ministério da Saúde. Ou seja, o público-alvo são crianças de 10 a 14 anos — grupo que conta com 194 mil habitantes na capital federal.
Desse grupo, as crianças de 10 anos são as que mais se vacinaram — 15,4 mil procuraram o imunizante na rede pública. Em relação a todo o público-alvo, foram aplicadas 46.994 doses, o que representa 24,22% do total.
Questionada sobre a possibilidade de um novo remanejamento dessas 4 mil doses, a Secretaria de Saúde informou que “ainda não existe um indicativo do Ministério da Saúde para novo remanejamento”.
Cenário da dengue no DF
De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, o DF soma 235 mortes por dengue em 2024. Outras 61 estão em investigação.
Em relação aos casos prováveis, a capital federal registrou 209,1 mil no ano.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
O DF é a unidade da Federação com a maior incidência de dengue no país. A capital federal tem uma média de 7.424,9 casos a cada 100 mil habitantes. Em seguida aparecem Minas Gerais, com 4.854; e Espírito Santo, com 2.739.