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Saúde é o problema que mais atormenta os brasilienses, diz pesquisa

Tópico foi citado por 59,5% dos habitantes como o mais urgente. Segurança e educação aparecem em seguida

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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Se os brasilienses pudessem resolver um dos problemas que assola a capital, a grande maioria já teria uma escolha na ponta da língua: a saúde pública. Pesquisa de opinião encomendada pelo Metrópoles ao Instituto Dados aponta: 59,5% dos entrevistados dariam prioridade a solucionar o caos que reina no serviço ofertado pelo governo. Em seguida, aparecem a segurança/criminalidade (13,8%) e a educação (7,3%).

O levantamento foi realizado entre os dias 6 e 12 de dezembro e ouviu 1,2 mil habitantes da capital federal. As entrevistas foram feitas pessoalmente e abrangeram moradores de 30 regiões do DF. A margem de erro da pesquisa é de 2%, e o nível de confiança, de 95%.

Também estão entre os problemas mais urgentes citados pelos brasilienses ouvidos pela pesquisa Metrópoles/Dados: transporte/mobilidade (2,9%); gestão/governo (2%); desemprego (1,5%); água/crise hídrica (1,2%); corrupção (0,9%); pobreza (0,7%); e a Câmara Legislativa (0,6%). Os menos lembrados foram: desrespeito (0,2%); Terracap (0,2%); e a crise em geral (0,3%).

A escolha da saúde como problema prioritário para a população do Distrito Federal ocorre em um ano no qual ficou escancarada a precariedade do sistema público de Brasília. No mês passado, o Metrópoles mostrou que a espera para uma cirurgia de câncer na capital, por exemplo, dura cerca de um ano e cinco meses.

Já a fila para ressonância magnética chegava a 10 mil em outubro, porque o único aparelho que fazia o procedimento na rede pública quebrou. Relatos de falta de insumos e profissionais em diversas unidades de saúde ocorreram ao longo de 2017, e a oferta de leitos de UTI caiu nos últimos três anos, segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF).

Em uma representação entregue ao Ministério Público Federal (MPF) em agosto, o Conselho de Saúde do DF classificou como “criminoso” o desmonte na saúde local. Outro tópico que causou polêmica, nos últimos meses, foi a transformação do Hospital de Base do Distrito Federal em instituto. A medida colocou governo, parlamentares e sindicalistas em pé de guerra e teve repercussão polarizada entre o público.

Hugo Barreto/MetrópolesSegurança
Os últimos 12 meses também não deixaram uma impressão positiva no público quanto à segurança pública, segundo problema mais apontado pelos brasilienses como prioritário. Entre janeiro e novembro deste ano, os casos de estupro na capital cresceram 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com balanço da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). Foram 626 ocorrências, contra as 551 de 2016.

Já os números de homicídio e latrocínio caíram, mas casos recentes de violência urbana chocaram a população da capital federal. Um dos mais recentes é o do estudante da Universidade de Brasília (UnB) Arlon Fernando da Silva, morto aos 29 anos na noite de 7 de dezembro. Segundo as investigações, o suspeito teria assassinado o estudante a facadas para roubar a bicicleta dele. Até agora, o responsável não foi encontrado.

Outros episódios que causaram comoção foram o da servidora do Ministério da Cultura Maria Vanessa Veiga Esteves, morta durante um assalto em agosto, na Asa Norte, e o assassinato da menina Ana Íris, 12 anos, pelo próprio primo. O crime ocorreu em setembro, em um matagal em Samambaia.

Rafaela Felicciano/MetrópolesEducação
A educação, mencionada por 7,3% dos entrevistados pela pesquisa Metrópoles/Dados, também passou por maus bocados no último ano. Os problemas começaram já no início do período, com a falta de vagas para alunos na rede pública, principalmente entre crianças em idade de creche.

No fim do ano, o desmaio de um aluno de uma escola pública, em razão de fome, ganhou repercussão nacional. A criança, de família carente, mora no Paranoá Parque e precisava viajar 30 quilômetros, diariamente, para chegar à escola onde estuda, no Cruzeiro. Às vezes, esse percurso de cerca de duas horas era feito sem que a criança tivesse almoçado. Após o caso, o Governo do Distrito Federal prometeu a construção de uma unidade de ensino na cidade.

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