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Saúde do DF tem déficit de 154 anestesistas na rede pública

Profissionais são essenciais para a realização de cirurgias. Pasta analisa contratação cooperativa para suprir a falta de anestesistas

atualizado

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1 de 1 anestesia, clinica - Foto: Getty

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal sofre com o déficit de anestesistas na rede. Os profissionais, que são essenciais para o andamento da fila de espera por uma cirurgia, não estão assumindo os cargos mesmo com nomeação e concurso.

De acordo com a pasta, atualmente, o DF tem 277 anestesistas que, juntos, correspondem a uma carga horária de 7.320  horas. “Considerando o índice de segurança técnica e o incremento do número de cirurgias, a SES hoje precisa de mais 154 anestesistas para fazer as entregas que a população precisa”, confirma a secretaria.

Na última convocação de aprovados em concursos públicos, a pasta chamou 124 especialistas, porém, apenas 38 tomaram posse. Destes, pelo menos três já pediram exoneração.

Há menos de duas semanas, representantes da secretaria reuniram-se com o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) para debater melhorias na rede. Na pauta, estava o déficit no número de anestesistas atuando no Sistema Único de Saúde (SUS) da capital federal.

O MP ficou de marcar uma nova reunião com a SES  para “tratar do assunto de forma mais aprofundada”.

Cooperativas

Questionada sobre a situação, a secretaria afirmou que entende ser necessário ter outra forma de contratação desses profissionais, “uma vez que não estão sendo preenchidas as vagas ofertadas.”

“Uma dessas formas é a cooperativa, para que seja reposta a força de trabalho”, completou a pasta. Uma contratação por cooperativa consiste na contratação da mão de obra de empresas cooperadas.

A pasta ainda afirmou que “todas as medidas são adotadas de forma a desafogar o sistema e acelerar as filas e atendimentos” e esclareceu que as parcerias que tem com hospitais privados é a “complementariedade das cirurgias eletivas e não a contratação de profissionais.”

Cirurgias

Em 2022, as filas de espera por uma cirurgia na rede pública do Distrito Federal aumentaram cerca de 28%. Entre março e novembro, mais de 6,3 mil pessoas somaram-se às que já estavam na fila pelo atendimento. O número saltou de 22,6 mil para 29 mil nos nove meses.

Em fevereiro deste ano,  os deputados distritais aprovaram um projeto de lei que destinou R$ 24 milhões para diminuir as filas de cirurgias no Distrito Federal. O texto foi apoiado pelos 24 parlamentares, que destinaram R$ 1 milhão cada em emendas para a saúde.

A aprovação veio após articulação com a então governadora em exercício Celina Leão (PP).

A expectativa é que o dinheiro comece e ser utilizado, na prática, entre o final de março e o começo de abril, atendendo cerca de 10 mil pacientes no começo e, ao todo, 25 mil no mutirão. Um plano inicial foi traçado para começar com cirurgias de grande volume, como aquelas das áreas de ortopedia, oftalmologia, urologia e proctologia.

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