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Saúde do DF colapsa: 97% dos leitos da rede pública estão ocupados

Nos hospitais particulares, 87% das UTIs estão cheias. Há fila de 81 pessoas para entrarem em unidade de tratamento intensivo

atualizado

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Vice-governador Paco Britto entrega oito leitos da UTI neonatal do HMIB; Leitos UTI
1 de 1 Vice-governador Paco Britto entrega oito leitos da UTI neonatal do HMIB; Leitos UTI - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O avanço da pandemia do novo coronavírus levou a Saúde do Distrito Federal ao limite neste domingo (28/02). Segundo dados oficiais do GDF, 97% dos leitos de unidade de tratamento intensivo (UTI) estão ocupados nos hospitais públicos. Nas unidades particulares, a ocupação é de 87%. E, neste momento, há 81 pacientes aguardando por uma vaga.

Percentualmente, há ainda uma margem disponível para internações. Mas, como existem muitos pacientes em espera, a ocupação será praticamente imediata, o que incorrerá em falta de disponibilidade para novos doentes, pelo menos neste momento.

Dirigentes da Saúde estão reunidos no gabinete de crise, na tarde deste domingo. A pasta havia aberto 36 novos leitos entre sexta-feira (26/2) e sábado (27/2). Mas todos já foram ocupados.

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Leitos da UTI neonatal do HMIB
Leito de UTI no DF
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Pacientes renais estão mais vulneráveis na pandemia

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Leitos da UTI neonatal do HMIB

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Leito de UTI no DF

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Dos 81 pacientes que aguardam na fila da UTI, 24 estavam com diagnóstico ou suspeita de infecção por Covid-19. Pela manhã, o número era de 76 pessoas na fila.

Os secretários de Saúde de diversos estados em situação semelhante ao do DF vão participar de reunião no final da tarde para buscar soluções conjuntas.

Apesar do agravamento da crise sanitária e o colapso na rede pública de saúde, um grupo numeroso de pessoas se reuniu para protestar contra o lockdown imposto desde a 0h01 deste domingo.

A Secretaria de Saúde alerta que o efeito das aglomerações de agora deve ser sentido no período entre os próximos 12 a 14 dias. O cenário fica ainda mais preocupante, segundo as autoridades, porque haverá uma sobreposição de eventos que geraram a aglomerações e, portanto, demandará o sistema de saúde.

“Essas aglomerações podem proporcionar uma ampliação do quantitativo de contaminados. Então, entramos no mês de março com uma preocupação muito grande”, alertou.

Mais leitos

Até a chegada de mais leitos no fim desta semana, a pasta prevê um período “muito difícil”. O GDF prometeu abrir 100 novas UTIs nos próximos dias. A secretaria está montando um plano de emergência para diluir a pressão no sistema durante essa fase crítica.

Segundo o governo, o estrangulamento da rede ocorre exclusivamente nos leitos de tratamento intensivo para Covid-19. Construído na primeira onda crítica da doença, o Hospital de Campanha no Mané Garrincha foi desativado. Quando em funcionamento, ele não tinha UTIs, apenas leitos de enfermaria.

A falta de leitos foi a principal justificativa para o GDF decretar o lockdown na cidade.

Nesse sábado, ao comentar o endurecimento das medidas restritivas, Ibaneis Rocha disse que precisava mandar um recado forte à sociedade. “A doença está se espalhando em um nível muito alto”, alertou o governador.

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