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UPA do Núcleo Bandeirante não faz exame para diagnosticar dengue

Universitário morador do Guará nem chegou a ser atendido por um médico. Servidores disseram a ele que para fazer o teste seria preciso ir a São Sebastião ou Brazlândia

atualizado

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Marcello Casal Jr/Agência Brasília
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1 de 1 upa - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasília

Com sintomas da dengue (febre alta, vômito e manchas na pele), o estudante universitário José Arthur de Souza Soares, 27 anos, procurou na tarde deste domingo (17/4) a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Núcleo Bandeirante. Depois de duas horas de espera, não conseguiu sequer passar pela triagem. Sem ser atendido por um médico, recebeu a orientação de voltar para casa ou procurar as unidades de São Sebastião ou Brazlândia para fazer o exame que pudesse diagnosticar a doença.

“Me disseram que aquela unidade não fazia o exame. O médico nem me olhou… Que saúde é essa Rollemberg?”, questionou, indignado. Em fevereiro, a Secretaria de Saúde anunciou a compra de 12 mil kits de testes rápidos de exames para diagnóstico da doença, que durariam cerca de 20 dias.

O Distrito Federal vive um surto da doença. Até o dia 11 de abril (último boletim divulgado), foram confirmados 11.268 casos este ano, contra 10 mil em todo o ano passado. Ao todo, 11 pessoas morreram vítimas do mosquito Aedes aegypti. José Arthur mora no Guará. A cidade resgistrou 237 casos este ano, contra 152 no mesmo período de 2015, um aumento de 55,9% nos registros.

Com maior número de registros, São Sebastião e Brazlândia recebem atenção especial por parte do GDF. Tendas exclusivas foram montadas apenas para atender pacientes com suspeita da doença. E a prioridade na distribuição de profissionais e materiais estão sendo para as duas unidades.

De acordo com José Arthur, o atendimento está bem distante dos números da Secretaria de Saúde, que na semana passada publicou em sua página na internet uma matéria comemorando o desempenho da UPA do Núcleo Bandeirante. Segundo a publicação, a unidade aumentou o número de atendimentos de 3,2 mil para 4,7 mil.

“Um dos motivos para esse aumento foi o fortalecimento dos recursos humanos. Chegaram oito médicos clínicos e 14 técnicos de enfermagem à unidade. Além disso, mudamos algumas gerências e a supervisão de enfermagem”, explicou a superintendente da Região Centro Sul de Saúde, Denise Bonfim.

Procurada às 23h33 pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde informou que não poderia dar informações em função do horário e que, nesta segunda (18), explicaria a situação.

 

 

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