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MTalk: prevenção é a melhor receita para combater o câncer de mama

Metrópoles, Grupo Santa e especialistas conversaram a respeito da doença nesta sexta-feira (19/10). Confira os vídeos

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JP Rodrigues/Metrópoles
mtalk saúde, câncer de mama, outubro rosa
1 de 1 mtalk saúde, câncer de mama, outubro rosa - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Os avanços no diagnóstico, o tratamento do câncer de mama e a importância da prevenção e de boas práticas no combate à doença foram temas de bate-papo, nesta sexta-feira (19/10), no MTalk Saúde, evento realizado pelo Grupo Santa em parceria com o Metrópoles. A conversa ocorreu durante o II Congresso de Oncologia Santa Lúcia. A iniciativa foi transmitida em tempo real pelos perfis do portal nas redes sociais (assista aos vídeos abaixo).

Editora executiva do Metrópoles, a jornalista Priscila Borges mediu o diálogo. Em dois painéis, a doença foi analisada sob vários pontos de vista. O oncologista Fernando Maluf ressaltou os avanços relacionados à quimioterapia, uma das fases do tratamento mais temidas pelas pacientes.

“Ela ainda é essencial na luta contra o câncer, mas hoje já existem testes de genética, infelizmente ainda caros e pouco acessíveis, mas que podem afirmar se as pacientes precisam ou não continuar com a quimio. Os exames evitam medicações tão pesadas sendo aplicadas, algumas vezes, sem necessidade”, afirmou.

Confira as fotos do evento:

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Fernando Maluf e Giovana Miziara, 
especialista em mastologia e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia
Priscilla Borges, editora executiva do Metrópoles
Priscilla Borges e Joana Jeker, fundadora da ONG Recomeçar
Psicóloga Cynthia Soares, paciente que começou seu tratamento contra a doença há dois anos
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Fernando Maluf, especialista em oncologia clínica, fundador do Instituto Vencer o Câncer e coordenador-chefe do Centro de Oncologia Santa Lúcia

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
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Fernando Maluf e Giovana Miziara, especialista em mastologia e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
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Priscilla Borges, editora executiva do Metrópoles

JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles
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Priscilla Borges e Joana Jeker, fundadora da ONG Recomeçar

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Psicóloga Cynthia Soares, paciente que começou seu tratamento contra a doença há dois anos

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Nutrólogo Allan Ferreira, diretor clínico do Instituto Brasiliense de Nutrologia (Ibranutro) e médico do Grupo Santa

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Priscilla Borges

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Oncologista Rafael Botan (de óculos), do Grupo Santa e membro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco)

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Questões como maternidade e preocupação com o futuro das pacientes também foram abordadas. Graças aos avanços médicos, já é possível que as mulheres façam o congelamento de óvulos e de embriões antes do início da quimioterapia. Isso porque, após o tratamento, na maioria dos casos, gerar um filho se torna inviável.

Joana Jeker, fundadora da ONG Recomeçar, foi diagnosticada aos 31 anos. “Essa possibilidade de ser mãe no futuro não foi abordada quando descobri a doença. Nem sei se a rede pública oferece isso, mas teria sido muito bom se alguém tivesse me alertado sobre esse tema”, lamentou.

Já a mastologista Giovana Miziara lembrou sobre a necessidade de as mulheres iniciarem medidas preventivas ainda jovens. “O Brasil tem incidência maior de câncer de mama entre as mulheres jovens, se comparado a outros países”. Mais comum em mulheres acima de 50 anos de idade, a doença tem atingido cada vez mais jovens com menos de 40 anos.

Assista à íntegra do primeiro painel: Avanços no diagnóstico, tratamento do câncer de mama:

 

Alimentação e sedentarismo
Na mesma linha, no segundo painel, o nutrólogo Allan Ferreira, diretor clínico do Instituto Brasiliense de Nutrologia (Ibranutro) e médico do Grupo Santa, alertou que a incidência do câncer está ligada diretamente aos hábitos de vida dos pacientes. “Nós já sabemos, e isso é comprovado cientificamente, que a obesidade, o sedentarismo e o consumo excessivo de alimentos industrializados contribuem para a ocorrência do câncer de mama em pacientes com predisposição”, destacou.

Nos Estados Unidos, por exemplo, os casos de câncer de estômago e intestino, nos últimos anos, têm aumentado drasticamente. E a principal causa apontada pelos estudiosos são os alimentos industrializados.

O consumo excessivo de álcool também é um grande vilão. Para se ter ideia, duas doses de destilados por semana já são consideradas consumo alto

nutrólogo Allan Ferreira

Outra forma de prevenção pouco conhecida é a amamentação. O tópico também foi discutido durante o debate. De acordo com o oncologista Rafael Botan, do Grupo Santa e membro da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco), “há estudos que mostram que a incidência de câncer de mama é menor em mulheres que amamentaram”.

Os casos genéticos de câncer de mama correspondem a aproximadamente 10% de todos os demais no mundo. Isso significa que os outros 90% envolvem também fatores como obesidade, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e o fato de não amamentar.

Assista à íntegra do segundo painel: A importância da prevenção e de boas práticas no combate ao câncer de mama

 

Exames
Embora o autoexame seja importante, mulheres acima dos 50 anos precisam fazer acompanhamento médico com mamografias regulares, mesmo sem sintomas aparentes ou nódulos nos seios. Às vezes, o caroço é tão pequeno que não forma volume suficiente para ser percebido pelo toque. “O câncer de mama é curável, mas depende do tamanho e de quão cedo foi descoberto. É um tipo de doença que costuma ser assintomática”, explica Rafael Botan.

Antes da menopausa, a mamografia não funciona muito bem (a mama é muito densa) e a ultrassonografia mamária – exame acessório – pode ajudar no diagnóstico. É importante também prestar atenção a secreções com ou sem sangue saindo do mamilo, alterações nas auréolas e nódulos nas axilas. O câncer de mama se apresenta frequentemente em dois picos etários: um aos 42 anos e outro aos 58.

Estatísticas
De acordo com dados da Estimativa 2018 – Incidência de Câncer no Brasil, estudo publicado pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), este ano deve fechar com 59.700 novos casos da neoplasia em mulheres, um percentual de 29,5% do total de cânceres diagnosticados, sem contar os de pele não melanoma. Só no Centro-Oeste, 4.200 mães, filhas e netas terão recebido a notícia até o fim de 2018.

Apesar de ser mazela comum e de haver chances reais de cura, se diagnosticado cedo, passar por um câncer de mama é desafiador. É uma doença que mutila. Muitas vezes, leva os cabelos, os seios, a força, a autoestima e a esperança. Em alguns casos, a vida – a enfermidade é responsável pelo maior número de mortes por câncer na população feminina brasileira, com 12 óbitos a cada 100 mil mulheres. E a incidência só tende a crescer.

“É um fenômeno que acontece por uma série de fatores, entre eles, o aumento da longevidade (a idade tem relação com a proliferação anormal de células), o fato de as mulheres estarem tendo filhos mais tarde e em menor quantidade (a amamentação possui efeito protetor) e o estilo de vida marcado por sedentarismo e obesidade”, explica a doutora Fabiana Tonelotto, mastologista do Inca.

Cerca de 90% dos casos de câncer de mama não têm relação com fatores genéticos: acontecem espontaneamente ou pelo estilo de vida da paciente, e a tendência é de que, com a prosperidade da economia, a quantidade de pessoas atingidas aumente. “Quanto maior o desenvolvimento do país, maior a incidência. Além do aumento da expectativa de vida, o consumo de alimentos industrializados e a falta de exercícios físicos são mais comuns nos grandes centros urbanos”, completa.

MTalk Outubro Rosa
Nesta sexta-feira (19), é celebrado em todo o mundo o Dia Internacional do Combate ao Câncer de Mama. De olho na importância do tema, o Metrópoles, em parceria com o Hospital Santa Lúcia, realizou, no Centro de Eventos Brasil XXI, o MTalk Outubro Rosa.

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