Sobe para seis o número de pacientes isolados com superbactéria no DF
Pacientes do Hospital Regional do Guará (HRGu) estão colonizados com a KPC. Secretaria de Saúde investiga se um deles foi infectado
atualizado
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O número de pacientes isolados devido à colonização pela superbactéria KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase) no Hospital Regional do Guará (HRGu) subiu de cinco para seis. Segundo a Secretaria de Saúde, um deles pode ter sido infectado e está sendo monitorado por especialistas.
De acordo com a gerente de Risco em Serviços de Saúde, Fabiana Mendes, foi constatada a presença da bactéria multirresistente na pele dos seis pacientes. “Por isso, eles estão colonizados e não infectados. A infecção só ocorre quando o micro-organismo acessa algum dos sistemas do paciente, como sistema circulatório, respiratório ou urinário”, explicou.
Por conta do quadro, os enfermos encontram-se isolados, mas não estão sendo submetidos a nenhum tratamento medicamentoso. “O procedimento é estabelecer precauções de contato. Como o uso de equipamentos como luva e avental, além da higienização constante”, esclareceu Fabiana.
O paciente que mais preocupa a equipe médica ainda não apresentou sintomas de contaminação. Mas, por estar colonizado e usar sonda urinária constantemente, ele está sendo monitorado pela equipe médica. “Por conta da sonda, o micro-organismo pode acessar o sistema urinário, por exemplo. Por isso, ele está sendo acompanhado. Mas não há confirmação de infecção”, disse.
Preocupação
Na última sexta-feira (2/3), o Metrópoles revelou que cinco pacientes estavam isolados para combater a bactéria multirresistente. Na ocasião, a Secretaria de Saúde informou que a situação estava sob controle e não havia risco de surto. Mas, quatro dias depois, foi constatado mais um caso.
A situação dos pacientes preocupava pessoas próximas. Conforme relatos, eles foram isolados, mas a unidade de saúde não teria estrutura para mantê-los distantes e, assim, evitar novas contaminações.
Surto
Em 2015, o Governo do Distrito Federal enfrentou um surto de superbactérias em vários hospitais da rede pública de saúde. A endemia de KPC veio à tona em 28 de maio, data da primeira morte. As infecções foram principalmente por Enterococo, Acinetabactor baumanni e KPC.