Sírio-Libanês ajudará o IHBDF a reduzir superlotação na emergência
Previsão é que programa do Ministério da Saúde seja desenvolvido nos próximos seis meses. Servidores estão sendo capacitados, diz instituto
atualizado
Compartilhar notícia
O Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHBDF) contará com a ajuda do Hospital Sírio-Libanês para reduzir a superlotação e melhorar o atendimento no pronto-socorro. A unidade é contemplada pelo Projeto Lean nas Emergências, do Ministério da Saúde e implementado pela instituição filantrópica, o qual tem como objetivo a promoção de melhoria do atendimento de urgência e emergência no Sistema Público de Saúde (SUS).
Segundo o IHBDF, consultores especializados realizam a capacitação dos servidores. “A previsão é que o programa, que enfatiza a prevenção de desperdícios de tempo, mão de obra e insumos, agregando valor ao serviço, seja desenvolvido ao longo dos próximos seis meses”, informou a Secretaria de Saúde, em nota.
A maior unidade pública de saúde do Distrito Federal realiza entre 350 e 500 atendimentos de urgência e emergência todos os dias. Além do IHBDF, o Lean nas Emergências será implantado no Hospital Regional de Ceilândia (HRC).Mais oito unidades do Brasil serão contempladas: Hospital Geral de Roraima (RR), Hospital da Cidade de Passo Fundo (RS), Hospital Universitário Estadual de Londrina (PR), Hospital de Clínicas de Uberlândia (MG), Hospital do Trabalhador (PR), Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (ES), Hospital Geral de Guarulhos (SP) e Santa Casa de São Paulo (SP).
Após a fase de intervenção, que dura, em média, seis meses, a equipe de controle do projeto acompanha os resultados por um ano para garantir a manutenção do progresso a longo prazo, de acordo com o Sírio-Libanês.
“A iniciativa é voltada para melhoria dos processos nos hospitais baseada em tempo e valor”, esclarece a unidade filantrópica. O aperfeiçoamento é desenhado para assegurar fluxos contínuos e eliminar desperdícios e atividades de baixo custo agregado.
O Lean nas Emergências faz parte do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). Segundo o Ministério da Saúde, o Proadi-SUS é financiado com recursos de isenção fiscal, que é concedida a instituições filantrópicas.
Primeira fase
Seis hospitais públicos participaram do projeto piloto, implementado entre agosto e dezembro de 2017: Hospital Geral de Palmas (TO), Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (GO), Hospital Metropolitano Odilon Behrens (MG), Hospital Regional São José (SC), Hospital Geral do Grajaú (SP) e Hospital de Messejana (CE). As unidades foram treinadas e auxiliadas na implementação de melhorias para garantir agilidade e eficiência nos processos de urgências.
“Um dos indicadores utilizados para medir os resultados do projeto é o de superlotação, chamado de Nedocs (sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência), e mensura quesitos como tempo de passagem de pacientes pelas urgências, permanência no hospital, tempo de alta, entre outros”, explicou o Sírio-Libanês.
Durante a primeira fase, foi observada melhora significativa do indicador. O Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia (GO), por exemplo, apresentou uma performance 44% melhor até abril de 2018.
A previsão é chegar ao fim de 2020 com 100 unidades contempladas, 450 profissionais treinados e 180 protocolos clínicos de serviço de emergência implementados.
O Ministério da Saúde ainda planeja ampliar a metodologia Lean para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) a fim de melhorar a qualidade dos serviços de saúde, a acessibilidade e qualificação da atenção em cada território. (Com informações do Ministério da Saúde e do Hospital Sírio-Libanês)