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Servidores relatam pressão para dar alta a pacientes ainda doentes em UPA

Enfermeiros também denunciam que são obrigados a chamar de “doutores” os médicos da unidade ao se comunicarem com os profissionais

atualizado

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Profissionais de saúde pública lotados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia denunciam supostas irregularidades cometidas pela gerência do local e pelo Instituto de Gestão Estratégica da Saúde (Iges) – responsável pela gestão das UPAs do Distrito Federal –, durante o expediente.

As reclamações sobre desvios na conduta da gerência são várias. Em uma queixa, um servidor relata que os profissionais responsáveis pela gestão do local estariam pressionando médicos a liberar os pacientes, mesmo os que ainda se encontram incapacitados de receber alta médica. Tudo para “gerar fluxo” na unidade de saúde.

Em outra reclamação, os enfermeiros da UPA relatam que estão sendo proibidos de discutir casos clínicos com equipes médicas e são obrigados a “abordar os médicos sempre chamando-os de doutor”.

Há também críticas quanto à falta de pessoal no local e desvios de função. “Enfermeiros assistenciais assumem rotina e funções administrativas. Situações já reportadas anteriormente ao sindicato”, afirmam os profissionais na denúncia.

Médicos também alegam que são coagidos a recusar solicitações de exames de imagem e de investigação. O fato configura grave risco à saúde do paciente que não recebe o atendimento adequado e, assim, fica incapaz de tratar do problema de saúde que o levou até a UPA.

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Médicos relatam coação para liberar pacientes ainda doentes
No DF, as UPAs são geridas pelo Iges
Profissionais de saúde seriam proibidos de solicitar exames de imagem e investigação pela gerência da UPA
Secretaria de Saúde e Iges-DF, responsável pelos leitos de UTI e pelo Hospital de Base, respectivamente, afirmam que a paciente está amparada em sala sala de recuperação pós-anestésica
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Vítima foi levada para UPA de Ceilândia

Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
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Médicos relatam coação para liberar pacientes ainda doentes

Andre Borges/Agência Brasília.
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No DF, as UPAs são geridas pelo Iges

JP RODRIGUES/METRÓPOLES
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Profissionais de saúde seriam proibidos de solicitar exames de imagem e investigação pela gerência da UPA

Andre Borges/Agência Brasília
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Secretaria de Saúde e Iges-DF, responsável pelos leitos de UTI e pelo Hospital de Base, respectivamente, afirmam que a paciente está amparada em sala sala de recuperação pós-anestésica

Allane Moraes/Especial para Metrópoles
Outro lado

Em nota, o Iges-DF afirmou que irá apurar “a conduta de todos os envolvidos na situação exposta, verificando se estão de acordo com os padrões de qualidade do instituto e princípios gerais do Serviço Único de Saúde”.

Ainda de acordo com o instituto, a gestão trabalha para “oferecer saúde de qualidade para a população do Distrito Federal, Entorno e também para todos os pacientes que chegam de outras unidades da Federação”.

“Nossos valores defendem, claramente, o respeito à dignidade humana, excelência, espírito de corpo e, principalmente, a integridade”, finalizou o órgão.

 

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