Servidores denunciam superlotação e caos na emergência do HRT
Situação motivou protesto nesta segunda-feira (5/6) na unidade do Hospital Regional de Taguatinga
atualizado
Compartilhar notícia
Com o caos instalado no pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) devido à superlotação da unidade, servidores precisaram acomodar pacientes pelos corredores e até em macas quebradas. A situação motivou um protesto por parte dos trabalhadores na manhã desta segunda-feira (5/6).
O Metrópoles recebeu uma série de imagens que retratam as péssimas condições de atendimento. Segundo técnicos e enfermeiros, na emergência existem, oficialmente, 64 leitos. No entanto, havia 194 pacientes internados no domingo (5), mais do que o dobro da capacidade.
Servidores denunciaram que há apenas entre dois ou três técnicos em enfermagem por turno para atender toda a demanda. “Cada servidor fica responsável por cerca de 40 pacientes, quando deveria ser no máximo cinco pacientes para cada técnico. A situação está insustentável’, explicou Joel dos Santos, que faz parte do Conselho de Saúde, integrado apenas por usuários da sociedade civil.
No último fim de semana, os problemas causaram um acidente que colocou em risco a vida de um paciente. O relato é de um técnico em enfermagem que preferiu não se identificar. “Presenciei uma paciente entubada despencar de uma maca que estava quebrada. Isso é algo absurdo e desumano. A sorte é que estávamos próximo para ajudar”, contou.O outro lado
À reportagem, a Secretaria de Saúde disse que houve uma grande procura por atendimento no HRT nos últimos dias e a unidade não conseguiu suportar a demanda. “O pronto-socorro da unidade ficou lotado na manhã desta segunda-feira (5). Além disso, 163 pacientes estão internados, número além da capacidade que o hospital suporta”, disse a pasta, por meio de nota.
Segundo a secretaria, a gravidade da situação fez com que os gestores de Saúde marcassem uma reunião às pressas para tentar achar uma saída para o problema. “Ainda durante a manhã, a direção do HRT, a Superintendência de Saúde Sudoeste, a Gerência de Enfermagem do Hospital, a Diretoria de Atenção Primária e a Assessoria de Planejamento em Saúde da Região Sudoeste reuniram-se com o Coren-DF, o Sindate, o SindSaúde e Sindicato dos Enfermeiros para discutir alternativas, tentar sanar o problema de superlotação e melhorar as condições de trabalho e da assistência aos pacientes que procuram as emergências”, explicou a pasta.