Sem conseguir cirurgia emergencial, família de Jhennyfer pede ajuda
Apesar de decisão judicial, Saúde diz que não há vagas no ICDF e não pode transferir menina antes do término dos antibióticos
atualizado
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Duas semanas após o Juizado Especial Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) mandar Jhennyfer Victoria Amorim de Souza, 1 mês de vida, ser transferida para o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), a decisão ainda não foi cumprida. A criança segue internada no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), à espera de uma cirurgia emergencial no coração.
A menina corre risco de morrer. A Secretaria de Saúde diz que não há vaga para transferir a recém-nascida. Em nota, informa ainda que Jhennyfer “permanece em tratamento de infecção, que só será finalizado em 2 de setembro. Até lá, a paciente não poderá ser transferida ao ICDF. Ela está recebendo toda a assistência necessária” .
A família afirmou que Jhennyfer só começou a tomar antibióticos em 28 de agosto, após a decisão judicial, proferida no dia 13 do mesmo mês. Segundo parentes, os próprios médicos do HRC pressionam a mãe da criança para que consiga a transferência.
Jhennyfer sofre de cardiopatia congênita grave e precisa da cirurgia para sobreviver. Está internada desde que nasceu, e os médicos já alertaram diversas vezes a família sobre a urgência do procedimento. A mãe, a atendente de supermercado Maria Amorim Santos de Souza, 40 anos, pediu auxílio à Defensoria Pública do Distrito Federal e, após a liminar, ainda aguarda a transferência.
Maria tirou licença do trabalho para acompanhar a filha na UTI. O estresse causado pela situação é tanto que ela não consegue comer há alguns dias. O marido, Valmir Souza, 41, está desempregado e vê a bebê em todas as datas de visita. Depois retorna para Girassol, no Entorno do Distrito Federal, onde a família mora.
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A prima de Jhennyfer, a assistente jurídica Clara Dias, 30, mora e trabalha em São Paulo. Quando soube do drama da pequena, largou tudo para ajudar a tia em Brasília. “Dói demais saber que o GDF [Governo do Distrito Federal] não toma providência nenhuma, nem com ela nem com os demais”, desabafa. “Alegar que não tem vaga é muito fácil. Não estamos sofrendo só por ela, mas também por outros bebês”.
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Como ajudar?
Temendo pela vida de Jhennyfer, os parentes iniciaram uma campanha. “A operação custa mais de R$ 50 mil. O quanto você puder doar será bem-vindo. Se não puder, compartilhe, que também estará ajudando nessa luta”, pedem.
Dados da conta:
Agência: 1724-8
Conta poupança: 7.426-8
Variação: 51
Maria Amorim Souza
Banco do Brasil