Secretaria faz ronda em unidades de saúde para avaliar o atendimento e confirma falta de profissionais
Grupo de trabalho percorre hospitais e UPAs para identificar os principais problemas na rede pública do DF
atualizado
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Mergulhada numa crise que não tem fim, a rede pública de saúde do DF faz mais uma tentativa para melhorar o atendimento à população do Distrito Federal. Com o objetivo de diagnosticar os principais problemas e solucionar aqueles mais imediatos, um grupo de trabalho está percorrendo os 16 hospitais regionais e as seis unidades de pronto-atendimento (UPAs). Nos locais já visitados, a equipe confirma o que o brasiliense já sabe: faltam profissionais, principalmente clínicos gerais, para atender à demanda, aumentada pelos pacientes vindos do Entorno e de outros municípios.
A ronda é feita por assessores especialistas em administração hospitalar da Secretaria de Saúde e vai até o próximo dia 15. De acordo com o administrador hospitalar José Maria Gomes, durante esse período, o grupo voltará a locais visitados para saber se os problemas foram solucionados. “Em casos de falta de materiais e remédios, por exemplo, a gente descobre qual unidade tem e repassa imediatamente àquela que não tem”, explica.Situações mais complexas como falta de profissionais e equipamentos de uso contínuo são encaminhadas via relatório diretamente para o gabinete do secretário de Saúde, Fábio Gondim. As visitas começaram no dia 29 de dezembro nos hospitais regionais da Asa Norte, de Ceilândia, do Guará, de Samambaia e de Taguatinga, no Hospital de Base e nas UPAs do Núcleo Bandeirante e de Samambaia. Também foram visitados os hospitais do Paranoá, de Planaltina, São Sebastião e Sobradinho, Brazlândia e Santa Maria.
Soluções
Durante o ano passado, 1.056 profissionais de diversas especialidades foram convocados. Setecentos e vinte e dois assumiram o cargo. Os demais pediram para ir para o fim da fila ou não se apresentaram. No último dia 29, a Secretaria de Saúde nomeou 63 aprovados em concurso público de 2014 — com vigência até 8 de dezembro de 2016 — para ocupar o cargo de pediatra.
Além de verificar questões referentes à carência de insumos e de servidores, a equipe orienta as chefias nas unidades e monitora escalas médicas, tempo de atendimento e fluxo das prioridades. De acordo com José Maria Gomes, o grupo não pune possíveis irregularidades, mas repassa os casos constatados diretamente para o gabinete.
A atuação dos assessores começa a render resultados positivos. “Durante a manhã, não tínhamos antibiótico benzetacil e nem vacina antirrábica, mas foi possível saber quem tinha condições de nos repassar, e o problema foi sanado”, conta o chefe de equipe do Hospital Regional de Planaltina, Alessandro Barbosa. Após o dia 15, o grupo avaliará as ações para que outras rondas ocorram em 2016. (Com informações da Agência Brasília)