Secretaria de Saúde investiga se idosa morreu de H1N1 no DF
Se confirmado, será o primeiro óbito pela doença registrado na capital do país em 2019
atualizado
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (06/05/2019) que foi notificada sobre um suposto caso de óbito por H1N1. Se confirmado, será a primeira morte por esse tipo de gripe em 2019 na capital do país.
Uma idosa de 83 anos foi internada em um hospital da Asa Sul na segunda-feira (24/04/2019) e, após por exames, foi detectada a presença do vírus Influenza A. A vítima teria morrido na terça-feira, um dia depois.
Procurada pela reportagem, a assessoria do hospital afirmou não ter autorização para repassar ou confirmar tal informação.
Campanha
Mais de 41 mil postos de saúde em todo o país abriram as portas no sábado (04/05/2019) para o Dia D de vacinação contra a gripe. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começou no último dia 10 e segue até 31 de maio.
A meta, segundo o Ministério da Saúde, é imunizar pelo menos 90% de 59,5 milhões de pessoas. Até o dia 30 de abril, 12,2 milhões de pessoas haviam sido vacinadas.
Devem receber a dose crianças com idade entre 6 meses e menores de 6 anos; grávidas em qualquer período gestacional; puérperas (até 45 dias após o parto); trabalhadores da saúde; povos indígenas; idosos; professores de escolas públicas e privadas; pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais; adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.
Profissionais das forças de segurança e salvamento também passaram a fazer parte do público-alvo da campanha neste ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, o grupo inclui policiais civis, militares, bombeiros e membros das Forças Armadas, totalizando 900 mil pessoas.
Cobertura
De acordo com a pasta, até o dia 30 de abril, 12,2 milhões de pessoas haviam sido imunizadas.
O número representa 21% do total de grupos que devem receber a dose. O público com maior cobertura, até o momento, é o de puérperas, com 38,8%, seguido pelas gestantes (33,4%); indígenas (27,6%); crianças (26,4%); idosos (21,5%); trabalhadores de saúde (17,1%) e professores (14,2%).
Vacina
A dose utilizada neste ano sofreu mudanças em duas das três cepas que compõem a vacina e protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no Hemisfério Sul ao longo de 2018, conforme determinação da Organização Mundial da Saúde (OMS) – incluindo o H1N1.
“A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença”, informou o Ministério da Saúde.
Casos
Neste ano, até 20 de abril, foram registrados 427 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave por influenza em todo o país, com 81 óbitos.
Até o momento, o subtipo predominante no país é o vírus Influenza A (H1N1), que responde por 213 casos e 55 óbitos.
Segundo o ministério, todos os estados estão abastecidos com o fosfato de oseltamivir, indicado para o tratamento contra o H1N1, e devem disponibilizá-lo de forma estratégica em suas unidades de saúde.
O tratamento deve ser realizado, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Previna-se
Para evitar a transmissão da gripe e de outras doenças respiratórias, a Secretaria de Saúde recomenda:
- Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de comer;
- Usar lenços descartáveis para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem-ventilados;
- Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe;
- Evitar aglomerações e locais fechados (procurar manter os ambientes arejados);
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.