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Saúde confirma zika vírus em duas gestantes no DF. Uma mora em Águas Claras e outra no Plano Piloto

Outros dois casos haviam sido confirmados, mas os pacientes foram infectados no Nordeste. Um bloqueio sanitário será feito em um raio de 300 metros na região em que as mulheres infectadas moram

atualizado

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Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
1 de 1 - Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

A Secretaria de Saúde confirmou dois casos de zika vírus no Distrito Federal. As duas contraíram a doença no final de dezembro de 2015 e início de janeiro deste ano. As duas pessoas infectadas, de 29 e 36 anos, são gestantes e estão sob rigoroso acompanhamento. Elas residem em Águas Claras e Plano Piloto. A pasta garante que não há motivo para pânico e que a situação “está totalmente sob controle”. As mulheres estão no segundo e terceiro trimestre de gravidez.

A suspeita é que uma delas, moradora de Águas Claras, tenha contraído a doença em Goiás (GO). A outra, moradora do Plano Piloto, pode representar o primeiro caso autóctone (originado na região) no Distrito Federal. Em 2015, o DF teve 14 suspeitas — dois casos foram confirmados, cinco, descartados e sete, inconclusivos. As duas confirmações eram de moradores que se contaminaram no Nordeste.

O zika vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a febre chikungunya e a dengue. A zika não mata. Mas foi comprovada a associação da doença a casos de microcefalia em bebês.

Equipes da Diretoria de Vigilância Ambiental, da Subsecretaria de Vigilância à Saúde, já estão nas localidades onde vivem as pacientes para procurar focos de proliferação do mosquito vetor da doença.A Vigilância Ambiental fará o combate do mosquito nos locais próximos à residência das duas mulheres. O bloqueio sanitário será feito em um raio de 300 metros, onde equipes de saúde usam inseticidas para combater a larva do mosquito.

Os exames foram realizados pelo Laboratório Central (Lacen) da secretaria, que também confirmou o diagnóstico de mais um caso em Santo Antônio do Descoberto (GO), região do Entorno.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Saúde acompanha as pacientes e vai monitorá-las. Em novembro, o Ministério da Saúde confirmou relação entre o zika vírus e a microcefalia — anomalia sem cura que compromete as habilidades cognitivas de recém-nascidos. Mas testes realizados no bebê da gestante do Plano Piloto indicam que o perímetro cefálico dele é condizente com a idade gestacional, afastando, a princípio, o diagnóstico de microcefalia.

Manoela Alcântara/Metrópoles
Thiago Coelho, subsecretário de Vigilância em Saúde, e Robinson Parppinel, subsecretário de Atenção Integrada à Saúde, deram entrevista coletiva para falar da chegada do zika no DF *Manoela Alcântara/Metrópoles**

 

“É uma epidemia de âmbito nacional. Ficamos imunes até agora, mas temos que lembrar que somos a capital federal, recebemos pessoas de todos os lugares com essa carga viral”, disse o subsecretário de Atenção Integrada à Saúde, Robinson Parppineli, ao anunciar os casos.
Em quase 80% dos casos do Zika vírus não há sintomas da doença e isso faz com que as pessoas possam se transformar em carregadores do vírus sem saber.

 

É uma guerra que precisa ser enfrentada pelo Estado e população em conjunto. Precisamos eliminar os focos de eliminação do vetor. Temos que combater o mosquito.

Robinson Parppineli

Microcefalia
Dados divulgados nesta terça (5) pelo Ministério da Saúde mostram que casos da má-formação dos fetos subiram 6,6% em uma semana, alcançado a marca de 3 174 registros, ante os 2.975 casos apresentados na semana passada.

A doença também se espalha em território nacional. Menos de dois meses depois de o Ministério da Saúde decretar estado de emergência nacional em virtude do aumento de nascimento de bebês com o problema em Pernambuco, os casos já alcançam 21 unidades da Federação. Não há confirmação de casos de microcefalia causados pelo vírus no DF.

Sintomas
De acordo com a secretaria, a febre causada pelo zika vírus é uma doença tropical, de evolução benigna. O principal sintoma da doença são erupções cutâneas com pontos brancos ou vermelhos, que coçam muito. Os pacientes também têm febre baixa, dor no corpo e olhos vermelhos. Os sinais são parecidos com os da rubéola.

Os sintomas começam de três a 12 dias após a picada do mosquito. Qualquer paciente pode solicitar nas unidades de saúde da rede pública o exame para detectar o vírus. O Laboratório Central de Saúde Pública do DF constata o resultado em até cinco dias úteis.

Força-tarefa
Desde o final de 14 de dezembro do passado, o Distrito Federal atua com a força-tarefa para fortalecer o enfrentamento às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. As equipes já passaram por Sobradinho II, Planaltina e Vila São José, em Brazlândia. Foram visitados mais de 18 mil imóveis, recolhidos cerca de 16 mil toneladas de lixo e entulho e realizadas, pela Agefis, 242 notificações e nove autuações. Em 245 imóveis foram identificados a presença de focos do mosquito.

Durante todo o ano de 2015 o DF registrou 9.689 casos de dengue, uma redução de 16,80% em relação a 2014. Das 32 regiões administrativas, 21 apresentaram queda no número de casos, com destaque para as cidades da Fercal, Candangolândia e Núcleo Bandeirante que tiveram uma redução de, respecitvamente, 84,1%, 73% e 60,2%.

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