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Psicólogo com suspeita de febre amarela morre em hospital da Asa Sul

Todos os protocolos necessários para confirmação do óbito foram feitos. Secretaria de Saúde aguarda resultados de exames para saber a causa

atualizado

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Fernanda Carvalho/Fotos Públicas
Foto mostra mosquito da dengue em contra luz
1 de 1 Foto mostra mosquito da dengue em contra luz - Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Públicas

O morador do Sudoeste internado com suspeita de febre amarela teve a morte cerebral confirmada às 11h24 desta segunda-feira (27/11), após a realização de todos os protocolos exigidos. Trata-se de um psicólogo de 43 anos que estava no Hospital Santa Lúcia. O caso é investigado pela Secretaria de Saúde.

Segundo a secretaria, nos últimos dias, Daniel Irapuã circulou em condomínios e na área rural do Jardim Botânico. O exame de sangue realizado pelo hospital deu positivo para febre amarela, mas outro exame com base no DNA foi inconclusivo. Por isso, novos testes estão sendo realizados.

Ao Metrópoles, o secretário de Saúde, Humberto Lucena, disse que os sintomas do paciente não batem com os da febre amarela: “Vamos aguardar os resultados”. De qualquer forma, o titular da Pasta afirmou que não há motivo de preocupação sobre uma eventual epidemia. “Trata-se de um caso isolado”, destacou.

Ainda de acordo com ele, existe um estoque de 30 mil doses na rede pública do DF. Apesar da suspeita, ele alerta que uma dose tomada na vida é suficiente para evitar o contágio. Para tranquilizar os moradores do prédio onde o psicólogo mora, na quadra 301, uma equipe da Secretaria de Saúde esteve no local, no sábado (25/11), orientando a comunidade e checando a carteira de vacinação.

 

Daniel Ferreira/Metrópoles
Ação na quadra 301 do Sudoeste, no sábado (25)

 

Ocorrências
De acordo com a secretaria, no ano passado, não houve nenhuma morte por febre amarela no Distrito Federal. Em 2017, o único caso foi de um morador de Januária, Minas Gerais, que veio para a capital e acabou falecendo. Existem, entretanto, 86 suspeitas em fase de análise.

Diante da suspeita, o GDF promete reforçar ações preventivas, conforme preconizam os protocolos de saúde. Entre elas, estão a aplicação de inseticidas por UBV veicular (fumacê), o tratamento de focos com larvicida e a investigação de campo para identificar e eliminar criadouros de mosquitos.

Como o Distrito Federal é uma região com recomendação para que os moradores façam a imunização contra a doença, a Secretaria de Saúde reforça a importância de as pessoas que ainda não têm nenhuma dose da vacina procurarem uma das unidades básicas de saúde durante a semana.

O que é
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração e gravidade variável, causada por um arbovírus que é transmitido por artrópodes. As taxas de letalidade da doença variam de 5% a 50%.

No continente americano, a patologia apresenta dois ciclos de transmissão: o urbano e o silvestre. No ciclo silvestre, o macaco é o hospedeiro mais comum do vírus, e os vetores são essencialmente espécies silvestres de mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Já no ciclo urbano, o ser humano é o principal hospedeiro, e o mosquito Aedes aegypti é o vetor predominante envolvido no ciclo de transmissão.

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