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Profissionais da saúde temem aumento de casos de microcefalia no DF

Temor é que aumentem as incidências de zika vírus durante o período de fim de ano, quando muitos viajantes chegam à capital e as chuvas aumentam

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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
MOSQUITO DENGUE
1 de 1 MOSQUITO DENGUE - Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Os casos de microcefalia registrados no país colocaram em alerta toda a população. Somente na última semana, o Ministério da Saúde confirmou relação entre o zika vírus e microcefalia, além da primeira morte em decorrência da doença. A capital também está em alerta.

Segundo Werciley Júnior, infectologista e chefe da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Santa Lúcia, o medo é que as incidências do vírus no DF aumentem com o fim de ano. “O fluxo de pessoas muda. Mais pessoas vêm à capital e o medo é que a doença chegue com algum visitante”, explica. Ele acrescenta ainda que o período de chuvas e calor é favorável à proliferação dos mosquitos que transmitem o vírus.

Por enquanto, a gente não corre tantos riscos porque os casos registrados pela Secretaria de Saúde foram contraídos fora do DF, mas isso pode mudar facilmente

Werciley Júnior, infectologista

Além da associação à microcefalia, existe a suspeita de que o zika vírus aumente o risco de causar síndrome de Guillain Barré. No DF, a Secretaria de Saúde registrou dois casos em julho deste ano, ambos vindos de outros estados. Das 1.248 notificações de microcefalia no país em 2015, apenas uma foi do DF.

Segundo Júnior, hoje o único lugar que faz o exame para detecção do vírus é o Laboratório Central da Fundação (Lacen). “A Vigilância Sanitária já está fazendo simpósios sobre o assunto para profissionais da rede pública como infectologistas, enfermeiros e outros funcionários vinculados à saúde”, revela o médico.

Mulheres grávidas, por exemplo, podem sofrer com a presença do vírus no organismo, por conta de evoluções possíveis, como a microcefalia. Os sintomas são febre, mal-estar, dores nas articulações e erupções cutâneas com pontos vermelhos (mais intensas que as da dengue) e costumam durar, em média, sete dias.

Dengue e chikungunya
Transmitidas pelo mesmo mosquito, a dengue e a chikungunya não deixam de preocupar as autoridades. No dia 10 de novembro, a Secretaria de Saúde lançou, em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, uma força-tarefa para reduzir os focos do Aedes aegypti no DF.

Em 2015, já foram registrados 9.409 casos de dengue em pessoas que moram na capital – número 21,34% menor que o confirmado no ano passado. Com relação à chikungunya, houve 14 ocorrências notificadas até a semana passada.

Dicas para espantar o mosquito da dengue:

  • Deixe a caixa d’água sempre fechada com tampa adequada
  • Mantenha ralos limpos e com telas
  • Guarde garrafas sempre de cabeça para baixo
  • Troque a água por areia nos pratos dos vasos de planta
  • Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira bem fechada
  • Não deixe a água da chuva acumular e ficar parada
  • Coloque cloro nas piscinas

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