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Postos de vacinação do DF não têm pentavalente para as crianças

Lotes do medicamento foram interditados pela Anvisa. Secretaria da Saúde afirma que abastecimento só vai voltar ao normal em outubro

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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1 de 1 sarampo - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os postos de vacinação do Distrito Federal estão sem a vacina pentavalente. Segundo a Secretaria de Saúde, não haverá doses disponíveis durante agosto e setembro. Conforme o Metrópoles noticiou, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou lotes da vacina comprados da Índia.

A pentavalente é aplicada para prevenir difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por Haemophilus influenza tipo B. É indicada para imunização de crianças a partir de 2 meses de idade.

“O Ministério da Saúde recomendou o reagendamento da vacinação das crianças que comparecerem às salas de vacina no período de desabastecimento para o mês de outubro de 2019, quando há a previsão de restabelecimento do estoque da vacina”, afirmou a secretaria, em nota.

A falta da vacina ocorreu após a interdição de três lotes da pentavalente produzida na Índia. Na sequência, a agência proibiu o uso do medicamento fabricado pelo laboratório Biologicals E. Limited em todo Brasil.

“Considerando os resultados da inspeção de boas práticas de fabricação e cuja conclusão classificou a empresa como insatisfatória por descumprimento de requisitos de qualidade”, afirmou o órgão de controle na resolução.

Laudos emitidos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apresentaram resultados insatisfatórios. Fabricado em novembro de 2018 e com validade até maio de 2021, o imunobiológico não atendeu às regras sanitárias brasileiras.

Segundo a Anvisa, os lotes da vacina foram reprovados no “ensaio de aspecto”. Esse teste faz uma avaliação visual da vacina para identificar qualquer tipo de alteração de cor, textura ou de presença de partículas, por exemplo.

As vacinas não foram distribuídas nem utilizadas. “A vacina não tem registro no Brasil e foi importada pelo Ministério da Saúde de forma excepcional para uso nos programa de imunizações”, explicou a Anvisa.

Confira a resolução que proibiu o uso da vacina:

REPRODUÇÃO/DOU

 

O outro lado

Por meio de nota, o Ministério da Saúde pontuou que a decisão de não distribuição dos lotes reprovados foi tomada “visando proteger a população”. Segundo a pasta, o governo federal solicitou a substituição dos lotes à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O órgão prevê a retomada da distribuição da pentavalente a partir de setembro.

De acordo com o ministério, em julho, foram encaminhou mais de 400 mil doses da pentavalente do laboratório Serum Índian aos estados. O DF recebeu 6,4 mil. O Ministério da Saúde recebeu uma parcela dos novos lotes em agosto. O medicamento está em análise pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Ao final da avaliação de qualidade, as vacinas serão encaminhadas à população.

Segundo o ministério, o Brasil compra a vacina via Fundo Estratégico da Opas. Não existe laboratório produtor no país. O fundo possui fornecedores pré-qualificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Antes de serem distribuídas para a população, as doses passam por uma análise do INCQS.

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