Polvos de crochê ajudam na recuperação de bebês internados em UTI
O projeto está sendo desenvolvido no Hospital Regional de Santa Maria. Saiba como você pode ajudar
atualizado
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Polvos feitos de crochê estão ajudando na recuperação de bebês da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Santa Maria. Inspirado em uma iniciativa desenvolvida desde 2013 na Dinamarca, o projeto “Meu querido polvo”, segundo os especialistas, pode trazer a sensação de acalento aos pequenos.
As mamães confirmam a tese. “Quando minha filha recebeu o polvo, agarrou e não soltou mais. Acho que ela se sente mais segura”, relatou Antônia Elivanete de Oliveira, mãe da prematura Luana, que pesa 1,150 kg e tem apenas 15 dias de vida.
O projeto começou a ser elaborado em fevereiro desse ano. Começou a tomar forma por meio de uma oficina de crochê da equipe multidisciplinar da UTI, composta por enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e médicos.O neonatologista Marc Ruberto enfatiza que o projeto tem embasamento científico. Os tentáculos do polvo remetem ao ambiente intrauterino, o que deixa os bebês mais relaxados e tranquilos. “Eles ainda precisam de ventilação mecânica, uso de medicamentos e estão em estado grave. Com esse projeto, a gente consegue trazer humanização para esse ambiente de UTI”, disse.
A ideia é que outras oficinas sejam realizadas com a participação das mães, que ficam no hospital para acompanhar os bebês. Interessados em contribuir com doação de linhas, agulhas ou mão de obra podem ligar para 3369-6920 ou 3392-6414. A fabricação exige o atendimento a orientações para garantir a segurança e esterilização.