Policiais civis também querem vacina contra H1N1 da rede pública
Servidores que atuam nas delegacias alegam que trabalham diretamente com o público, presidiários e outros grupos considerados de risco
atualizado
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Fora dos grupos de risco que têm direito a receber a vacina contra o H1N1 na rede pública de saúde, os policiais civis brasilienses reivindicam o direito imediato à proteção gratuita contra o vírus, que este ano já matou quatro pessoas no Distrito Federal. O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do DF (Sindepo), Benito Tiezzi, defende a inclusão dos servidores da área de segurança porque lidam prioritariamente com o público. “Eles têm a missão de proteger a sociedade, mas na hora de receber o mínimo de proteção não estão entre as prioridades”, desabafa.
Policiais da 30ª Delegacia de Polícia (São Sebastião) chegaram a buscar a vacina em um posto de saúde que fica nas proximidades nesta quarta-feira (27/4), mas não tiveram sucesso. Segundo o delegado da unidade, Érito Cunha, os servidores estão ligados diretamente a grupos de risco, já que o Complexo Penitenciário da Papuda fica na área de atuação da DP.“Mesmo na delegacia, atendemos diariamente presidiários e o público em geral. É um serviço de urgência, que nos deixa expostos, assim como profissionais da saúde e do sistema penitenciário”, acredita.
O delegado questiona outros critérios usados para definir os grupos de risco na vacinação. “A funcionária disse que pessoas com doenças crônicas, como asma e hipertensão, poderiam ser vacinadas. Informei que tinha hipertensão, mas ela afirmou que somente poderia ser vacinado com um documento que provasse a doença. Isso é um absurdo”, reclamou Cunha.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde do DF explicou que as definições de grupos de risco são estabelecidas pelo Ministério da Saúde. Já a pasta disse que segue os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
No DF, a vacinação contra a influenza A (H1N1) começou no último dia 18 para crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, gestantes, puérperas de até 45 dias e profissionais de saúde. Nesta quarta, também passaram a ter direito à vacina idosos e pessoas com doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, bronquite e asma.
Apesar da antecipação, está mantido para 30 de abril o Dia D de vacinação, quando os centros vão funcionar exclusivamente para oferecer as doses. Na próxima semana, será a vez de presidiários e servidores do sistema penitenciário.