Pais continuam sem encontrar doses da vacina pentavalente no DF
Secretaria de Saúde do DF afirma que aguarda reposição pelo Ministério da Saúde. Não foi informado um prazo para a volta aos estoques
atualizado
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Pais que procuram pela vacina pentavalente nas unidades públicas de saúde do Distrito Federal estão voltando para a casa sem aplicar o medicamento nos filhos. Isso porque o produto está em falta na rede pública de saúde da capital.
A pentavalente é aplicada para prevenir difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças causadas por Haemophilus influenza tipo B. É indicada para imunização de crianças a partir de 2 meses de idade.
O pai de um bebê de três meses, que não quis se identificar, contou ao Metrópoles que vai desembolsar, na próxima segunda-feira (06/01/2020), R$ 345 na segunda dose da vacina. Decidiu fazer isso após receber outra negativa no posto de saúde do Riacho Fundo I.
“Há um mês, eu tive que pagar a primeira dose. No posto, me falaram que estava faltando desde outubro”, conta. O homem afirma ainda que, entre um grupo de pais do qual faz parte, mães se queixam de estarem esperando pela vacina há seis meses.
O pai contou que não tem expectativa de encontrar a terceira e última dose da pentavalente, que o bebê precisa tomar daqui um mês, e está preparado para desembolsar novamente o valor. Ao todo, o gasto é de R$ 1.035.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou, por meio de nota, que a pasta aguarda a reposição da vacina pelo Ministério da Saúde, responsável pelo encaminhamento das vacinas para todos os estados e para o DF. Não há previsão para o retorno aos estoques.
Lote interditado
Em julho, o Metrópoles noticiou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditou três lotes da vacina pentavalente produzida na Índia. Fabricados em novembro de 2018 e com validade até até maio de 2021, o imunobiológico não atende às regras sanitárias brasileiras.
Na sequência, a agência proibiu o uso das doses fabricadas pelo laboratório Biologicals E. Limited em todo o território nacional. Segundo a resolução, “considerando os resultados da inspeção de boas práticas de fabricação e cuja conclusão classificou a empresa como insatisfatória por descumprimento de requisitos de qualidade”.
Segundo a Anvisa, os lotes da vacina foram reprovados no “ensaio de aspecto”. Esse teste faz uma avaliação visual da vacina para identificar qualquer tipo de alteração de cor, textura ou de presença de partículas, por exemplo.
Confira a resolução que proibiu o uso da vacina: