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Pacientes internados no Hran receberão plasma de curados da Covid-19

Tratamento começará a ser ministrado na segunda-feira. Expectativa é que anticorpos e plasma acelerem a melhora dos infectados pela doença

atualizado

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1 de 1 doação-de-plasma-2 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Referência no tratamento de pacientes com Covid-19 no Distrito Federal, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) dará início na próxima segunda-feira (15/06) a um um estudo científico inédito na capital. Plasma de pessoas curadas do novo coronavírus será aplicado em pacientes que estão tratando a doença fora da unidade de terapia intensiva (UTI). Expectativa é de que pelo menos 200 concordem em participar.

Conforme o Metrópoles publicou na edição dessa quinta-feira (11/06), considerado “seguro e efetivo”, o procedimento acelera recuperação de pacientes com Covid-19. Entre outros resultados, estudo realizado por cientistas da Suécia e da Finlândia, do Karolinska Institutet, apontou que adultos com menos de 60 anos submetidos ao tratamento se recuperaram em menos de uma semana.

Em Brasília, o estudo científico é realizado em conjunto pela Universidade de Brasília (UnB), o Hemocentro e o Hran. “A expectativa é que a aplicação desse plasma funcione bem no organismo dos pacientes infectados pela Covid-19, trazendo a cura mais rapidamente”, explica o chefe da Unidade de Pneumologia do Hran e colaborador da pesquisa na unidade, Paulo Feitosa.

Como é feito?

O procedimento se inicia no Hemocentro, onde é coletada uma bolsa de sangue dos pacientes curados da Covid-19 (Igg positivo) que se enquadram no perfil. Na preparação, é informado o tipo sanguíneo de cada doador, pois a doação do plasma é semelhante à de sangue, onde os tipos sanguíneos precisam ser compatíveis. Após a coleta, é retirado do sangue apenas o soro, onde fica o plasma e os anticorpos, que serão aplicados nos pacientes doentes.

De acordo com Paulo Feitosa, a aplicação do plasma com anticorpos é semelhante a uma transfusão de sangue. Tanto que o material é armazenado em uma bolsa coletora (foto em destaque). Por isso, o procedimento será realizado pelas equipes do banco de sangue do Hran.

“Cada bolsa de sangue coletado consegue atender mais de um paciente. É um procedimento simples, de baixo risco e com vários estudos embasados neste campo. Uma perspectiva real do tratamento. Mesmo assim, cada paciente que se propuser a receber a transfusão de plasma assinará um termo de consentimento que será entregue na hora do procedimento”, informa o chefe da Unidade de Pneumologia do hospital.

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Ação ocorrerá até 7 de outubro
A hipótese é que o plasma de convalescentes da Covid-19 ajude na cura de quem ainda tem a doença
O método funcionou para o tratamento do ebola e da H1N1
Pacientes internados na UTI não poderão ser submetidos ao experimento no Hran: expectativa é de 200 menos graves consintam em participar
Hran é hospital de referência em tratamento de Covid-19
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Paciente de Covid-19 sendo transportado ao Hran

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Ação ocorrerá até 7 de outubro

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A hipótese é que o plasma de convalescentes da Covid-19 ajude na cura de quem ainda tem a doença

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O método funcionou para o tratamento do ebola e da H1N1

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Pacientes internados na UTI não poderão ser submetidos ao experimento no Hran: expectativa é de 200 menos graves consintam em participar

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Hran é hospital de referência em tratamento de Covid-19

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A ideia é conseguir realizar a aplicação do plasma em pelo menos 200 pacientes, exceto nos que estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os profissionais do Hran que estão envolvidos e participando do estudo científico realizaram capacitações específicas sobre o tema.

Experiência pelo país

No Brasil, já estão ocorrendo estudos científicos com o plasma em alguns estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. No entanto, a diferença do experimento no DF é que, aqui, o plasma será aplicado em pacientes moderados; em outras unidades da Federação, a aplicação ocorre em pacientes graves, internados na UTI.

“Estamos focando em pacientes com a Covid-19 moderada. A hipótese do nosso estudo é que, dando certo, haverá diminuição do número de casos que se agravam, diminuindo uma evolução para estado grave e reduzindo a necessidade de internação na UTI”, explica André Moraes Nicola, médico, professor da Faculdade de Medicina da UnB e o responsável pelo estudo científico no Distrito Federal.

“Será importante tanto para os pacientes que estão em tratamento da doença como para as pessoas sem Covid-19, pois terá mais leitos disponíveis para outras patologias, evitando que a rede fique sobrecarregada”, conclui Nicola. (Com informações da Agência Saúde)

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