No Hran, 90% dos pacientes com Covid-19 se recuperaram ao longo da pandemia
Levantamento obtido pelo Metrópoles aponta que, dos 1.100 pacientes atendidos entre março e o dia 15 de agosto, 993 se recuperaram da doença
atualizado
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Desde o início de abril, o Hospital Regional da Asa Norte (Hran) tornou-se referência no atendimento a pacientes infectados pelo novo coronavírus. Levantamento obtido pelo Metrópoles aponta que dos 1.100 pacientes internados por Covid-19 na unidade de saúde, no período entre março e o dia 15 de agosto, 993 pessoas se recuperam da doença. Outros 107 morreram.
Além dos casos graves que são atendidos diariamente no pronto-socorro, após a cura, os pacientes que tiveram Covid-19 continuam a ser atendidos na unidade pelo Ambulatório de Egressos. Os dados estatísticos de internados com diagnóstico de coronavírus e por outras intercorrências foram divulgados nessa segunda-feira (31/8).
No total, 3.585 pessoas precisaram de internações no Hran durante o período analisado. Da relação de outras doenças, dos 2.302 internados, 83 não resistiram e foram a óbito.
O relatório também traz os números de raio-x de tórax realizados no hospital durante os cinco meses. Saltou de 141 tomografias em março para 1.856 em julho. No total, foram realizados 4.833 procedimentos de tomografias de tórax.
Dados gerais
As consultas emergenciais entre clínica médica e outras especialidades chegaram a 41.268 no total.
Por outro lado, pelo fato de o Hran estar totalmente dedicado à Covid-19, os partos registrados na unidade despencaram de 193 em fevereiro para zero nos primeiros 15 dias de agosto. Foram 150 partos em março, três em abril, 10 em maio, 28 em junho e 45 em julho.
Para o diretor de Atenção Secundária à Saúde da Região Central, Pedro Zancanaro, o balanço é excelente.
“Nós monitoramos dados diariamente e, quando pegamos esse compilado de praticamente seis meses com números que chamam tanto a atenção, olhamos para trás e ficamos orgulhosos pelo trabalho que todos os profissionais do hospital estão desempenhando”, avaliou.
Ainda segundo Zancanaro, os índices corroboram que as decisões tomadas até aqui estão na direção na certa. “A nossa UTI tem padrões internacionais de mortalidade em UTI, que gira em torno de 27%, e estamos em um patamar inferior da normalidade. A taxa de letalidade de Covid-19 está em 1,3%. Também está abaixo de outras cidades do DF, por exemplo. Esses indicadores mostram que a luta e a boa gestão geraram resultados positivos para a população”, finalizou.