No DF, dengue matou 26 pessoas em 2019. Número de casos chega a 24 mil
Dados são até 1º de junho deste ano e foram divulgados nesta terça-feira (11/06/2019) pela Secretaria de Saúde
atualizado
Compartilhar notícia
O Distrito Federal registrou até o dia 1º de junho 26 mortes por dengue no ano de 2019. O boletim epidemiológico foi divulgado, nesta terça-feira (11/06/2019), pela Secretaria de Saúde. Outros nove casos fatais continuam em análise. Até o momento, são 24.041 registros prováveis da doença. No mesmo período, foram 27.694 casos notificados, o maior número da história do DF e significativamente superior ao do ano passado: até junho de 2018 havia 1.837 notificações.
Divino Valero, subsecretário de Vigilância em Saúde, afirma que o aumento de casos se deu em razão de vários fatores. O principal seria o alto índice de chuvas, que contribuiu para a proliferação do mosquito Aedes aegypit.
“Nossa população migra e viaja muito. Em todo o país, há casos de dengue. Dessa forma, moradores do DF deixam de ser os contaminados e passam a ser os contaminantes”, completou. Ele destaca a doença como um desafio mundial, inclusive pela falta de previsão de vacina nos próximos cinco anos.
A pasta afirma que, apesar dos números, há uma desaceleração na transmissão do vírus. “Aumentamos as ações em campo e o uso de fumacê. O trabalho de vigilância é feito diariamente e a intenção é zerar a transmissão do vírus em pouco tempo”, reiterou Valero.
O armazenamento de água para consumo humano continua sendo o depósito predominante de larvas. Por estarem em ambiente urbano e dentro das residências, representam locais favoráveis para o vetor, permitindo o desenvolvimento do mosquito em qualquer estação do ano.
A Secretaria de Saúde salienta que a população, ao lado de políticas públicas, também é responsável pelas ações de combate ao mosquito. São exemplos de atitudes que devem ser tomadas: os locais escolhidos para o armazenamento de água e vasilhas usadas como bebedouros para animais domésticos devem ser limpos com escova e sabão; os recipientes para armazenamento de água deverão ser fechados com as tampas originais ou com uma tela de trama pequena ou tecidos de tramas fechadas, de maneira a evitar o acesso do mosquito; as caixas d’água devem passar por limpeza regular e estar bem fechadas.
A Secretaria de Saúde recomenda que, diante de suspeita de dengue, o primeiro lugar a se procurar é uma unidade básica de saúde (UBS). Os sintomas são febre; dores de cabeça, atrás dos olhos, nas juntas; e, em alguns casos, manchas avermelhadas pelo corpo.
O Distrito Federal possui tendas para a hidratação de pessoas com a suspeita da doença em 10 regiões: Varjão, Guará, Itapoã, Planaltina, Estrutural, Sobradinho II, Samambaia, Ceilândia, São Sebastião e Brazlândia. Do período de 25 de maio até 9 de junho, foram 18.280 pessoas atendidas pelas tendas. Dentre essas, 12.884 apresentaram suspeita de dengue.
A importância da hidratação é evitar o desequilíbrio no sangue, conforme destacado pelo subsecretário Ricardo Ramos. Quando necessário, o paciente é encaminhado para avaliação médica. Quem apresenta os sintomas comuns da dengue realiza o exame de confirmação, se necessário.