Na Estrutural, teto da sala de medicação de unidade de saúde desaba
Parte do forro do prédio cedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) caiu na quarta-feira (7/2). Ninguém foi atingido
atualizado
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Os riscos envolvendo estruturas sob responsabilidade do Governo do Distrito Federal (GDF) não se restringem a edificações externas: dentro do Posto de Saúde da Família da Estrutural, parte do teto desabou na quarta-feira (7/2). Segundo uma servidora que pediu para ter o nome preservado, o forro caiu durante a noite, quando somente um vigilante estava no prédio cedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Não houve vítimas.
A profissional acredita que a chuva registrada durante a tarde pode ter influenciado na ruína do teto. Ela classifica como “sorte” o incidente ocorrer naquele momento, porque, em outros horários, o movimento na sala de medicação é intenso, inclusive com a presença de bebês.
Em vídeo divulgado pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF), é possível ver o estrago após parte do teto cair. Confira:
O outro lado
Em nota, o TRE-DF disse ter entregado o prédio ao GDF no ano passado, “em perfeitas condições de uso”. O forro já desabou uma outra vez. Mas, segundo o órgão, o problema foi resolvido. “A responsabilidade da manutenção passou a ser da Secretaria de Saúde, conforme o Termo de Cessão de Uso”, frisa.
Ao Metrópoles, a Secretaria de Saúde confirmou a hipótese levantada pela servidora: parte do forro caiu em razão da forte chuva, segundo a pasta. A secretaria informou que o conserto será feito ainda neste final de semana, “sem prejuízos ao atendimento à população”. Disse, ainda, não ter ocorrido perda de material.
Estratégia Saúde da Família
Em janeiro de 2017, foi instituída a nova política de atenção primária. A intenção do governo é que todas as unidades básicas funcionem com equipes da Estratégia Saúde da Família. De acordo com a Secretaria de Saúde, no ano passado, a cobertura teve aumento de 30% a 50%. A medida, no entanto, é alvo de críticas.
Vice-presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal (Sindate-DF), Jorge Vianna diz que, na tentativa de expandir o atendimento primário, o governo tropeça na falta de estrutura para alocar os profissionais. “Você não pode mandar equipe para outras unidades sem checar se a estrutura comporta. A gente espera o mínimo: um local adequado”, dispara.
Para a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde), Marli Rodrigues, a falta de planejamento torna o projeto do governo ineficaz. “Isso não dá certo porque não existe um plano, uma discussão com os profissionais, o planejamento do que vão fazer ou quais são as metas”, afirma.